Real zera perdas no ano com expectativa por reformas, mesmo sem Temer
O dólar voltou a cair frente ao real, fechando esta terça-feira no menor patamar em cerca de seis semanas e zerando os ganhos no ano. Mais uma vez a divisa doméstica foi destaque positivo entre pares emergentes, beneficiando-se da perspectiva de que a política econômica e a agenda de reformas no Brasil sejam mantidas, independente de quem assumir a Presidência da República.
O real tem sido amparado também pela ideia de que o processo de retirada de estímulos no mundo desenvolvido se dará de forma muito gradual. E nesse contexto mercados em processo de reequilíbrio macroeconômico e com juros comparativamente altos - caso brasileiro - seguem atrativos.
Desde a eclosão da crise política, em meados de maio, o câmbio tem mostrado alguma resiliência. Embora em patamares mais depreciados que na primeira metade daquele mês, o real tem ficado em torno de 3,30 por dólar, testando atualmente o patamar de 3,25 por dólar. A "tranquilidade" tem sido atribuída a constantes fluxos de investimento direto, à abundante liquidez no exterior e ao elevado custo de carregamento de posição de venda em reais, além das atuações do Banco Central por meio de oferta de "hedge". Isso tudo em meio à perspectiva de que alguma reforma ainda seja aprovada neste ano.
O dólar comercial terminou esta terça-feira em queda de 0,24%, a R$ 3,2524. É o patamar mais fraco desde 1º de junho (R$ 3,2461).
O real sobe 0,95% no acumulado desta semana, melhor desempenho entre 33 moedas globais. No mês, a alta é de 1,91%, de longe a mais intensa na lista.
No acumulado de 2017, o real praticamente zerou as perdas, mostrando variação negativa de 0,06%.
Em 18 de maio, dia seguinte às denúncias do empresário Joesley Batista contra o presidente Temer, o real acumulava perda de 3,93% no ano.
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