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FGV: Indicador antecedente da economia cai em junho com confiança pior

18/07/2017 11h46

Os indicadores antecedente e coincidente da economia voltaram a mostrar sinais divergentes em junho por causa da crise política deflagrada pelas delações da JBS em meados de maio. Enquanto o primeiro caiu com a piora das expectativas, o segundo subiu, indicando uma saída da recessão.


O Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) - que capta as expectativas - para o Brasil caiu 1% entre maio e junho, para 106,5 pontos. Já o indicador coincidente (ICCE) - que mensura a situação atual - subiu 0,7% no período, de acordo com a FGV-Ibre e o Conference Board (TCB).


Em maio, esses indicadores também mostraram sinais ambíguos. Enquanto o indicador antecedente declinou 0,3%, o coincidente avançou 0,4%.


Das oito séries componentes do indicador antecedente, cinco contribuíram para a queda do indicador: os Índices de Expectativas do Setor de Serviços (-5,7%), da Indústria (-3,8%), do Consumidor (-3,1%), o Índice de Termos de Troca (-1%) e o Índice de produção física de bens de consumo duráveis (-0,6%).


"O resultado positivo do indicador coincidente em junho coloca a variação de seis meses anualizada do indicador acima de 2% pelo terceiro mês consecutivo, indicando uma reversão da recessão iniciada no segundo trimestre de 2014", afirma Paulo Picchetti, pesquisador do Ibre-FGV."Entretanto, a queda do indicador antecedente no mesmo período indica a fragilidade potencial desta retomada, em um contexto onde os componentes de expectativas do indicador deterioraram-se em função das incertezas com relação aos efeitos da crise política sobre o desempenho econômico", afirma em nota.