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Índice de Confiança da Indústria volta a subir em julho, apura FGV

27/07/2017 15h02

A percepção dos empresários da indústria em relação à economia voltou a melhorar em julho, levando o índice de confiança do setor (ICI) a subir 1,3 ponto para 90,8 no mês. O avanço, porém, foi insuficiente para recuperar a queda observada em junho, de 2,8 pontos, e para sinalizar uma retomada mais consistente do otimismo, observado entre janeiro e maio.


De acordo com a Fundação Getulio Vargas, a melhora do ICI em julho foi puxada tanto pela leitura da situação corrente quanto das expectativas, mas atingiu apenas 10 dos 19 segmentos analisados. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,4 ponto, para 88,4 pontos; o Índice de Expectativas (IE) aumentou 1,3 ponto, para 93,4. Ambos não recuperaram as perdas registradas em junho, de 2 pontos e 3,6 pontos, respectivamente.


"A alta da confiança industrial no mês atenua a queda de junho mas é insuficiente para sinalizar uma retomada da tendência ascendente observada entre janeiro e maio deste ano. Grande parte da alta decorre da devolução da expressiva piora, no mês passado, das projeções para a evolução do pessoal ocupado. O grau de ociosidade retornou ao nível de maio e o setor não sinaliza aquecimento da produção nos próximos meses", afirmou em nota Tabi Thuler Santos, coordenadora da Sondagem da Indústria da FGV/Ibre.


A avaliação sobre a situação atual dos negócios puxou a alta do ISA no mês ao subir 3,7 pontos em julho, para 87,5 pontos. Apesar de contemplar mais de um terço das empresas, a parcela das que consideram a situação dos negócios fraca em julho, de 33,7% do total (36,2% em junho), é a menor desde fevereiro de 2015 (30,8%). Houve também um aumento da parcela de empresas que avaliam a situação como boa, de 9,4% para 12,3% do total.


Já a melhora nas expectativas foi influenciada pela projeção do total de pessoal ocupado nos três meses seguintes. O indicador subiu 6,8 pontos, para 92,4 pontos, compensando quase inteiramente a queda ocorrida no mês anterior, de 7 pontos. Aumentou a proporção de empresas prevendo crescimento do quadro de pessoal, de 9,3% para 16% do total, e diminuição da parcela das que preveem redução, de 20,9% para 18,4%.


O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) avançou 0,5 ponto percentual em julho, para 74,7%. Com o resultado, o Nuci devolve a queda observada no mês anterior (-0,5 ponto), e retorna ao nível registrado em maio.


A edição de julho da Sondagem da Indústria coletou informações de 1.144 empresas entre os dias 03 e 24 deste mês.