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Focus: Com alta na conta de luz, mercado eleva projeção para inflação

31/07/2017 09h21

A sinalização de acréscimo nas contas de luz em agosto, aliada à leitura de que o Copom deve promover novos cortes na taxa básica de juros, levaram o mercado a elevar novamente as projeções para inflação.




Segundo o boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central, a expectativa para os IPCA nos próximos 12 meses subiu pela segunda semana seguida de 4,40% para 4,52%. A correção nas projeções já havia sido iniciada após o anúncio de alta do PIS/Cofins sobre os combustíveis e se intensificou esta semana.




A estimativa de avanço do IPCA de julho foi mantida em 0,15%, enquanto para agosto subiu de 0,25% para 0,30%. No fim da semana passada, a Aneel confirmou que a bandeira tarifária para agosto ficará no primeiro patamar vermelho, o que implica acréscimo de R$ 3 a cada 100 quilowatts (kWh) consumidos nas tarifas.




Para 2017, a projeção subiu de 3,33% para 3,40%, também pela segunda semana seguida. Para 2018, a estimativa para o IPCA foi mantida em 4,20%.




Juros




Para a taxa básica de juros, os economistas consultados pelo boletim Focus mantiveram a projeção de 8% ao fim de 2017. A estimativa acomoda a leitura feita por analistas, na semana passada, de que o BC deve estender o ciclo de afrouxamento monetário. Para 2018, no entanto, a previsão da Selic foi revista de 8% para 7,75%.




Em contrapartida às revisões da maior parte dos economistas, o grupo de instituições que mais acerta as estimativas - Top 5 - manteve em 3,10% a projeção para o IPCA em 2017 e em 4,19% para 2018. Para a Selic, no entanto, o grupo cortou as estimativas em 0,25 ponto tanto em 2017, para 7,50%, quanto 2018, para 7,25%.




Atividade econômica




Sem sinais claros de uma recuperação mais sustentável, o mercado manteve a projeção de uma pequena expansão de 0,34% do Produto Interno Bruto em 2017.




De acordo com o boletim Focus, para 2018 foi mantida a estimativa de alta de 2% do PIB.




Igualmente tímida, segue a expectativa para a alta da produção industrial, mantida em 0,83% para este ano, mas corta de 2,26% para 2,22% para 2018.




Para a taxa de câmbio, os analistas consultados pelo Focus mantiveram a projeção em R$ 3,30 para 2017 e em R$ 3,43 para 2018.