Bolsa sobe e dólar cai para nível de R$ 3,19 de olho na cena fiscal
O Ibovespa passou a manhã em leve alta, refletindo basicamente o impulso do mercado externo. A recuperação das bolsas de Wall Street dá fôlego ao índice, que conseguiu retomar o nível do fechamento do dia 16 de maio, véspera da divulgação da delação da JBS que deflagrou a crise política.
Perto das 14 horas, o Ibovespa subia 0,79% para 68.822 pontos. Entre as altas, estavam JBS, com valorização de 3,49%, um dia após a empresa apresentar sue balanço. Na outra ponta, Vale ON cedia 0,16%. Além da cotação do minério de ferro, existe um ajuste de preço, dado que a ação mostrou ganho importante nas últimas semanas, em grande parte por causa da expectativa pela operação de conversão das ações PNA em ON.
Sabesp ON voltam a ter um desempenho negativo nesta terça-feira, com queda de 5,40%, depois de a empresa apresentar seu balanço.
Câmbio
Os participantes do mercado de câmbio aguardam o anúncio de novas projeções para os déficits primários de 2017 e 2018, que só deve ocorrer na quarta-feira. E, embora a decisão final do governo ainda não tenha sido divulgada, os agentes esperam números próximos de R$ 160 bilhões para os novos alvos.
Nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, destacou que não há necessidade de se fixar as metas em R$ 165 bilhões ou R$ 170 bilhões, como já foi ventilado no mercado. "Não temos nada definido neste momento porque estamos, inclusive, em processo de revisão de receitas extraordinárias, principalmente na área elétrica, de energia e campo de petróleo", afirmou.
Por volta das 14 horas, o dólar comercial caía 0,15%, a R$ 3,1904. Mais cedo, a divisa subiu até a máxima de R$ 3,2061, renovando o maior patamar desde 14 de julho quando tocou R$ 3,2104.
O contrato futuro para setembro, por sua vez, cedia 0,03%, a R$ 3,2005.
Juros
Os juros futuros se ajustam próximos da estabilidade nesta terça-feira. O viés das taxas no começo da tarde é de baixa. No entanto, a distância entre vencimentos mais longos e curtos são pouco alteradas, mantendo-se em níveis elevados. O movimento sinaliza, assim, que o mercado de renda fixa ainda embute cautela em meio a indefinições no fronte fiscal.
Por volta das 14 horas, o DI janeiro/2019 operava a 8,050% (8,060% no ajuste anterior) e o DI janeiro/2021 marcava 9,360% (9,390% no ajuste anterior).
O DI janeiro/2018 recuava a 8,140% (8,155% no ajuste anterior).
Hoje, foram conhecidos os números de vendas no varejo no Brasil, que vieram acima do esperado. Ainda que o sinal seja positivo para atividade econômico, o indicador não reverte as apostas para queda da taxa básica de juros, a Selic.
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