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Arrecadação de tributos em julho é a menor para o mês desde 2010

25/08/2017 15h58

A Receita Federal registrou uma arrecadação total de R$ 109,948 bilhões em julho, o que representa uma queda real de 0,34% na comparação com o resultado no mesmo mês em 2016. É o pior resultado para meses de julho desde 2010 (quando o resultado havia sido de R$ 108,386 bilhões).


Sem correção inflacionária, a receita em julho teve alta de 2,36% na comparação com julho de 2016 - quando a arrecadação somou R$ 107,416 bilhões.


Considerando somente as receitas administradas pela Receita, houve redução real de 1,7% em julho, ante o mesmo mês de 2016, para R$ 104,837 bilhões. Em termos nominais, a variação foi positiva em 0,97%.


Por outro lado, a receita própria de outros órgãos federais apresentou uma alta real de 38,86% em julho ante mesmo período de 2016, somando R$ 5,111 bilhões. Em termos nominais, o aumento foi de 42,62%.


No acumulado do ano, a arrecadação total somou R$ 758,533 bilhões, alta real de 0,61% na comparação com o mesmo período do ano passado. Sem considerar o efeito da inflação, a elevação foi de 4,67%.


As receitas administradas somaram R$ 735,645 bilhões no período de janeiro a julho, recuo, em termos reais, de 0,41% ante o mesmo período do ano passado. Em termos nominais, o aumento foi de 3,62%. Já a receita própria de outros órgãos federais foi de R$ 22,888 bilhões em sete meses, uma variação real positiva de 49,86% e nominal de 55,67% ante o mesmo período de 2016.


Desonerações


As desonerações tributárias tiraram R$ 7,035 bilhões da arrecadação de tributos federais no mês passado, de acordo com a Receita Federal. O montante é R$ 569 milhões menor do que o apurado em julho de 2016, em dados corrigidos pelo IPCA. Naquele mês, deixaram de entrar R$ 7,604 bilhões nos cofres públicos por conta de desonerações.


Somente a desoneração da folha salarial respondeu por R$ 1,207 bilhão a menos na arrecadação de tributos do mês passado. Em julho de 2016, essa política levou ao não recolhimento de R$ 1,211 bilhão.


No acumulado de janeiro a julho, o governo abriu mão de R$ 49,247 bilhões em função das desonerações tributárias. No mesmo período de 2016, o benefício fiscal custou R$ 53,102 bilhões. A desoneração da folha salarial respondeu por R$ 8,449 bilhões a menos na arrecadação no acumulado do ano até julho ante R$ 8,476 bilhões do mesmo período de 2016.