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Padilha diz confiar na base sobre nova denúncia a Temer

28/08/2017 14h02

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), evitou comentar a perspectiva de apresentação de nova denúncia contra o presidente Michel Temer pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O ministro afirmou que o governo confia em sua base de apoio no Congresso, sobretudo para aprovar projetos considerados essenciais pelo Palácio do Planalto, e disse esperar que o Ministério Público cumpra sua missão institucional.


"O Congresso tem sido solidário com o governo. O Ministério Público tem uma missão a cumprir. O que se espera é que cumpra bem sua missão nos estritos limites da lei", disse o ministro. "As possibilidades são as maiores do mundo em todos os aspectos (...). Naturalmente ela [denúncia] tem que ser fundamentada. Confiamos na nossa base, confiamos na parceria que temos com o Congresso, que sistematicamente nos tem ajudado."


A Câmara dos Deputados teve papel fundamental para engavetar, no início de agosto, a primeira denúncia apresentada pela PGR contra Temer, por corrupção passiva. Em troca de apoio, Temer liberou milhões de reais em emendas parlamentares e loteou cargos no governo.


Congresso


Padilha destacou os projetos de interesse do governo sob a análise do Congresso, como a revisão da meta fiscal deste e do próximo ano e as alterações ao chamado Refis, que, conforme destacou, está sendo debatida pelo Ministério da Fazenda com os parlamentares em busca de um acordo que contemple todos os interessados. Segundo disse, um novo prazo para adesão ao programa pode ser definido durante essa discussão.


"Estamos em uma negociação de um novo texto que possa vi a contemplar os interesses do governo e os interesses dos deputados. Vamos quem sabe ter uma prorrogação de um prazo, mas por enquanto é uma hipótese, não é certeza", disse. "A área econômica do governo está dialogando com os deputados para que possamos concluir esse acordo ainda nesta semana."


Reunião ministerial


Em relação à reunião ministerial convocada para a tarde desta segunda-feira, Temer apresentará aos ministros a viagem que fará à China a partir desta terça-feira e pedirá uma balanço de atividades de cada uma das áreas do governo.


"Disciplina"


No mesmo evento, Twemer evitou falar sobre a denúncia contra ele. Enateceu "a disciplina e o patritismo" e tentou retomar o discurso de pacificação, apesar de ter rejeição popular de 94%, segundo recente pesquisa da Fundação Getúlio Vargas