Novo presidente da Body Shop será anunciado até outubro, diz Natura
(Atualizada às 12h07) O novo presidente da varejista The Body Shop, adquirida pela Natura, já foi escolhido pela nova controladora da rede britânica. A informação foi transmitida nesta segunda-feira (11) pelo membro do conselho de administração da fabricante brasileira, Roberto Marques, em teleconferência com analistas sobre a conclusão da operação, iniciada em junho.
"O novo presidente foi contratado e será anunciado até outubro. O executivo tem grande experiência em varejo e seu conhecimento será bem-vindo à Natura e à The Body Shop", afirmou Marques. A Natura pretende fortalecer a governança corporativa com a inclusão de um novo integrante no colegiado, o ex-presidente da nova controlada, Peter Saunders.
Segundo o presidente da fabricante brasileira, João Paulo Ferreira, a transação concluída no último dia 7 totalizou US$ 1,2 bilhão. A sede da varejista britânica permanecerá no Reino Unido, sendo que a meta é dobrar o Ebitda (sigla em inglês do lucro das empresas antes de juros, impostos, depreciação e amortização) dela em cinco anos, para até US$ 181 milhões, enquanto a margem Ebitda deverá passar dos atuais 8% para o patamar entre 12% e 14%.
Ebitda
A Natura prevê que no exercício social de 2019 o Ebitda da The Body Shop oscilará entre US$ 110 milhões e US$ 115 milhões, com margem Ebitda entre 10% e 11%.
A informação consta de documento encaminhado pela brasileira à CVM.
Para 2022, a fabricante de cosméticos espera que o Ebitda fique entre US$ 165 milhões e US$ 181 milhões, com margem Ebitda entre 12% e 14%.
No que se refere ao endividamento líquido consolidado da Natura, espera-se alavancagem medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda de 3,6 vezes para 2017 e de 104 vez para o exercício encerrado em 2022.
Baixa contábil
O processo de aquisição da The Body Shop não deverá ocasionar baixa contábeis à Natura, disse o diretor de relações com investidores da fabricante de cosméticos brasileira, José Roberto Lettiere.
De acordo com o executivo, a Natura considera reestruturar a dívida contratada para comprar a Body Shop, finalizada no último dia 7 por US$ 1,2 bilhão.
"O financiamento será pelo período de dois anos e a operação será feita com os mesmos bancos que adquiriram os títulos de notas promissórias emitidos no Brasil. Teremos uma oportunidade de reestruturar essa dívida", pontou Lettiere.
Segundo o executivo, os resultados da rede britânica de cosméticos estarão consolidados pela primeira vez nos resultados financeiros da Natura no terceiro trimestre deste ano, que serão apresentados ao mercado em 14 de novembro.
A previsão é realizar em novembro uma reunião com os acionistas e, em fevereiro de 2018, após o período do Natal, detalhar novamente ao mercado a estrutura da Body Shop e os resultados obtidos nos primeiros meses após a consolidação dos resultados.
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