IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Intenção de investimento na indústria cai no 3º trimestre, aponta FGV

13/09/2017 08h50

A elevada capacidade ociosa da indústria e o ainda expressivo grau de incerteza quanto ao fôlego da recuperação econômica diminuíram o ímpeto dos empresários do setor em investir nos próximos meses. O indicador de intenção de investimentos da indústria caiu 2,8 pontos no terceiro trimestre, na comparação com os três meses antecedentes, para 105,1 pontos. Em relação ao mesmo período de 2016, o índice que sintetiza a Sondagem de Investimentos, feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 14,7 pontos. Apesar disso, o número é inferior ao do segundo trimestre, quando havia avançado 25,4 pontos na comparação com um ano antes.


"O setor industrial coloca-se em compasso de espera por notícias que aumentem o grau de certeza quanto ao rumo da economia no horizonte de dois a três anos", observaAloisio Campelo Jr, superintendente de Estatísticas Públicas da FGV.


Entre o segundo e o terceiro trimestre de 2017, como aponta a FGV, houve redução tanto da parcela de empresas que preveem investir mais, de 25,6% para 21,1%, quanto das que preveem investir menos, de 17,7% para 16%. "Pelo segundo trimestre consecutivo, a proporção de empresas prevendo investir mais nos 12 meses seguintes superou pelo segundo trimestre consecutivo a das que projetam investir menos, o que não ocorria desde 2014", destacou a entidade.


A proporção de empresas prevendo estabilidade dos investimentos (62,9%) foi a maior da série da sondagem, iniciada em 2012. "Este resultado foi possivelmente afetado pelo aumento do grau de incerteza em relação à execução do plano de investimentos na comparação com a sondagem do segundo trimestre, cuja apuração foi quase inteiramente realizada no período anterior à crise política iniciada em 17 de maio", avalia a FGV.


A proporção de empresas que estão certas em relação à execução do plano de investimentos (28,2%) superou a proporção de empresas incertas (27,3%) pelo terceiro trimestre consecutivo. Mas nos dois trimestres anteriores, as respostas demonstravam maior grau de certeza. No trimestre anterior estas proporções haviam sido de 25,0% e 21,3%, respectivamente.


A edição do terceiro trimestre da Sondagem de Investimentos coletou informações de 723 empresas entre os dias 3 de julho e 31 de agosto.