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Dólar fecha próximo da máxima do dia e mantém patamar de R$ 3,13

19/09/2017 17h27

O câmbio doméstico teve desempenho marginalmente melhor que de pares emergentes nesta terça-feira. A véspera da decisão do Federal Reserve, o banco central americano, foi um dia de perdas entre os pares do real. A moeda brasileira, entretanto, fechou bem próxima da estabilidade. Os sinais de retomada gradual da atividade contribuem para o ambiente de negócios por aqui, que conta também com captações corporativas de recursos no exterior.


Recentemente, Petrobras, Suzano, Cosan e Klabin anunciaram emissão de papéis para angariar, ao todo, US$ 3,4 bilhões lá fora. "Isso tende a derrubar a cotação do dólar por aqui", diz o sócio e gestor da LAIC, Vitor Cavalho.


O fronte político é motivo de alguma cautela. Hoje, foi divulgada a pesquisa CNT/MDA, que mostrou uma piora da avaliação do governo Michel Temer (PMDB) e liderança do ex-presidente Lula (PT) em todos os cenários de disputa eleitoral para 2018. Os dados não agradam os investidores e justificaram alguns ajustes nos mercados, mas não são vistos como grande fonte de preocupação neste momento.


Ainda assim, a percepção do mercado está menos negativa que alguns meses atrás. "Temos hoje uma continuidade do ambiente favorável de inflação e político", diz Carvalho, da LAIC. O risco é que a nova denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra Temer atrase o andamento da agenda de reformas. "Mas a iniciativa em si não deve ter impacto no cenário", acrescenta.


O dólar comercial terminou a sessão cotado a R$ 3,1366, em alta de 0,07%, próximo da máxima da sessão, de R$ 3,1399. Ainda assim, o desempenho diário da moeda brasileira foi melhor que de pares como peso mexicano, rublo russo e rand sul-africano. Essa distinção fica clara no resultado do mês até o momento. O real acumula ligeiro avanço de 0,37% em setembro enquanto os principais emergentes somam perdas.


O contrato futuro para outubro recuava 0,08%, a R$ 3,1405 por volta das 17h10.