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Ibovespa segue recuperação global e dólar sai na casa de R$ 3,18

20/10/2017 15h15

O Ibovespa volta a ter uma sessão de alta, seguindo a recuperação que se vê no exterior. Os ganhos levaram o índice para perto dos 77 mil pontos na máxima do dia (76.971 pontos), sustentados principalmente por Vale e siderúrgicas.


Às 14h02, o Ibovespa avançava 0,64%, aos 76.775 pontos. Vale ON subia 0,85%, num dia em que o minério de ferro subiu 2,90% no mercado chinês. Usiminas PNA subia 1,59%, CSN ganhava 2,64% e Gerdau 0,68%.


Outro destaque nesta sessão eram as ações de Eletrobras, que operavam em alta respondendo tanto à recuperação do mercado local de bolsa quanto aos novos passos dados rumo à privatização da companhia. Eletrobras PNB subia 3,19%.


Nesta manhã, o ministro interino de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, afirmou que os investidores interessados em participar do processo de privatização da Eletrobras poderão comprar individualmente até 10% do capital social da empresa. Anteriormente, o governo tinha indicado que o percentual máximo seria de 5%. A modelagem da privatização da estatal ainda está sendo concluída pelo governo.


Câmbio


A pressão externa conduz o dólar para o maior nível desde o fim de setembro. Nesta sexta-feira, a moeda se aproxima de R$ 3,20 nas máxima do dia, firmando-se em alta no fim da manhã. O movimento se ampara na percepção de que a economia dos Estados Unidos pode ganhar tração e justificar uma postura mais dura do Federal Reserve (Fed, banco central americano) com a reforma tributária defendida por Donald Trump.


Ontem, o Senado dos EUA aprovou uma nova proposta orçamentária para 2018, que prevê o acréscimo de US$ 1,5 trilhão no déficit do país ao longo dos próximos 10 anos. Esse montante adicional pode servir para financiar investimentos e o plano tributário do republicano. A proposta ainda tem de ser acordada com o texto da Câmara. Ainda assim, alimenta a reavaliação do cenário econômico dos Estados Unidos.


Diante desse possível impulso para a economia americana, a chance de uma elevação de juros em dezembro subiu para mais de 93%, alta de 5 pontos ante o fechamento dos mercados americanos ontem. O tema volta a ganhar força enquanto também se discute quem ocupará a presidência do Federal Reserve a partir de fevereiro de 2018.


Às 14h05, o dólar era negociado a R$ 3,1880, elevação de 0,40%.


Tem contribuído para a moeda brasileira a expectativa de entrada de recursos no país e uma relativa calma na cena política, além de sinais de recuperação econômica.


Juros


Os juros futuros operavam em alta firme nesta sexta-feira, amparados pela pressão vinda do exterior. Os investidores globais voltam a precificar um cenário de impulso econômico nos EUA, com alta do dólar e nos juros dos títulos do Tesouro americano. Por outro lado, o efeito na ponta mais curta da curva de DI é limitado, às vésperas da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).


Hoje, foi conhecido o resultado da prévia da inflação oficial brasileira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que acelerou para 0,34% em outubro, após marcar 0,11% em setembro. O resultado ficou praticamente em linha com a média de 0,35% apurada pelo Valor Data com 25 consultorias e instituições financeiras.


Apesar da aceleração inflacionária, o risco para a trajetória de queda da Selic é considerado baixo.


Na semana que vem, está prevista a votação no plenário da Câmara sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer. A expectativa é de que o governo barre a denúncia e, com a pauta mais leve, poderá ficar mais claro a margem para retomar a agenda reformista, diante de um cronograma já apertado até o fim do ano.


O risco para o cenário também vem do exterior. O movimento de alta do dólar e dos juros nesta sexta-feira se ampara na percepção de que a economia dos Estados Unidos pode ganhar tração e justificar uma postura mais dura do Fed com a reforma tributária defendida por Donald Trump.


Por volta das 14h10, o DI janeiro/2018 era negociado a 7,303% (7,325% no ajuste anterior) e o DI janeiro/2019 subia a 7,250% (7,230% no ajuste anterior).O DI janeiro/2021 avançava a 8,870% (8,830% no ajuste anterior).