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Ibovespa perde os 76 mil pontos em dia de correção e exterior em queda

23/10/2017 19h47

A bolsa brasileira iniciou a semana dando sequência a um movimento de correção que fez com que o Ibovespa voltasse ao patamar dos 75 mil pontos, depois de conseguir manter os 76 mil pontos na sexta-feira (20). O principal índice da bolsa encerrou hoje com baixa de 1,28%, aos 75.413 pontos, após tocar uma mínima intradia de 75.315 pontos.


O mercado local encontrou no movimento do exterior um estímulo às vendas, com os índices acionários americanos fechando em quedas depois de sucessivos recordes, em uma semana em que os investidores aguardam pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na quarta-feira (25), e pelos balanços corporativos do terceiro trimestre, que começam amanhã com Fibria (+2,33%, a R$ 53,07).


Vale ênfase, porém, na continuidade do baixo volume movimentado, de R$ 5,6 bilhões hoje. O giro de hoje está abaixo da média da semana passada, de R$ 6,3 bilhões, o que demonstra, segundo operadores, que o mercado está em compasso de espera de novos catalisadores para retomar o fôlego nos negócios.


"Podemos dizer que é uma realização porque a queda é mais generalizada. O gás que está faltando para o Ibovespa pode vir com os balanços, que foi o que ajudou as bolsas lá fora na semana passada a bater recordes", afirma um operador. "Mas o volume caiu muito. O que estamos vendo é que o mercado cansou e está no aguardo de novas notícias."


Dos 59 ativos que fazem parte do Ibovespa, somente quatro fecharam em alta, com destaque para a Eletrobras, que mais uma vez reage a novas informações sobre a privatização. Analistas já destacavam que, quanto mais notícias saírem a respeito da desestatização da empresa, mais as ações tendem a voltar ao foco do mercado.


"Temos também a Fibria, que deve entregar um desempenho bom amanhã, além do reajuste de preços anunciado na sexta-feira. O mercado aguarda os efeitos de preços sustentáveis da celulose nesse segundo semestre sobre o balanço e também os efeitos do projeto Horizonte 2, que deve colaborar com a geração de caixa da companhia", afirma Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos. Ao lado da Eletrobras, a gigante de celulose ficou entre maiores altas do Ibovespa.


Relatório publicado pela manhã pelo Itaú BBA reforçou que, ao perder os 76 mil pontos, o Ibovespa encontra novo suporte em 75.100 pontos, patamar considerado ainda forte e que mantém a tendência de alta do índice no curto prazo. No entanto, o Ibovespa se encontra "em uma zona de congestão" entre o suporte de 75.100 pontos e o topo histórico de 78.000 pontos, de acordo com o banco.