Dólar bate R$ 3,25; investidor segue cena política e quadro externo
O dólar opera nesta terça-feira em alta mais contida que no dia anterior, mas, ainda assim, conseguiu bater o nível de R$ 3,25. A leitura de especialistas é de que o suporte para a moeda americana deve continuar no curtíssimo prazo, pelo menos até que algumas incertezas externas sejam esclarecidas.
Um dos pontos que mantêm uma posição mais defensivas entre os agentes financeiros é quem chefiará o Federal Reserve (Fed, banco central americano) a partir de fevereiro de 2018. A lista de possíveis nomes conta com Jerome Powell e a atual presidente do banco central americano, Janet Yellen, que dariam continuidade à posição gradualista da instituição. Outros nomes são Kevin Warsh e John Taylor.
Do lado político, será observada de perto a votação na Câmara da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, prevista para amanhã. O placar deve servir de termômetro para apoio parlamentar ao governo e consequentemente para a reforma.
De acordo com Beto Mansur (PRB-SP), vice-líder do governo na Câmara, a expectativa é de que haja entre 260 e 270 votos a favor do governo amanhã. A votação, disse Mansur, é a "última chance" de partidos e deputados mostrarem fidelidade ao governo. Foram 263 votos contrários ao prosseguimento da primeira denúncia, votada no início de agosto.
Ainda assim, agora as chances são "limitadas de aprovação desse tema (de fundamental importância) ainda este ano". A agenda terá que ser retomada em 2019 para que "os ganhos econômicos recentes sejam consolidados", aponta Oreng.
Às 12h02, o dólar comercial subia 0,59%, a R$ 3,2490, tendo tocado máxima em R$ 3,2515.
O contrato futuro para novembro, por sua vez, era negociado a R$ 3,2520, alta de 0,31%.
Entre os juros futuros, o DI janeiro/2019 era negociado a 7,290% (7,260% no ajuste anterior) e o DI janeiro/2021, a 8,960% (8,910% no ajuste anterior).
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