Juro futuro recua nesta sexta, mas tem maior alta semanal desde agosto
As taxas de juros tiveram firme baixa nesta sexta-feira, mas caminham para fechar a semana com a maior alta em mais de dois meses. O alívio nos prêmios de risco hoje foi propiciado pela queda do dólar, em meio a um ambiente externo mais favorável a moedas e dívida de emergentes. O noticiário doméstico, com a retomada do leilão do pré-sal, teve influência positiva limitada.
A expectativa agora se volta para a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), a ser divulgada na próxima terça-feira. O mercado vai buscar sinais mais claros sobre a sinalização do colegiado do Banco Central a respeito do fim do ciclo de flexibilização monetária. A retirada, do comunicado, da expressão "encerramento gradual do ciclo" gerou avaliações tanto de que o Copom poderia estender a queda dos juros para 2018 quanto finalizar o processo no próximo mês de dezembro.
"A ata deve dizer que o momento do fim do ciclo depende de reformas, do quadro global e das dinâmicas de crescimento e inflação", diz em relatório a equipe de pesquisa econômica do BNP Paribas, sob liderança de Marcelo Carvalho. O executivo afirma "não ver muita diferença", em termos de inflação, de projeções de Selic em 6,5% (estimativa do BNP para o fim do ciclo) e 7% (previsão do banco para o fim deste ano).
Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro/2019 - que captura apostas para o patamar da Selic ao fim de 2018 - caía a 7,310% ao ano (7,360% no ajuste anterior).
O DI janeiro/2020 recuava a 8,380% (8,430% no último ajuste), mas subia 20 pontos na semana. E o DI janeiro/2023 cedia a 9,810% (9,820% no ajuste anterior), com alta de 27 pontos na semana. Para os dois vencimentos as altas são as mais intensas desde a semana terminada também em 11 de agosto.
O DI janeiro/2021 tinha taxa de 9,120% (9,130% no ajuste de ontem). Na semana, a alta é de 25 pontos-base, também maior elevação no período desde a semana finda em 11 de agosto (27 pontos).
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