Gol inicia voos da Pampulha, que volta a ter aviação comercial regular
A Gol, maior companhia aérea do país por passageiros transportados, inicia nesta quinta-feira as vendas de bilhetes para a nova rota da companhia, partindo do aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, com destino a São Paulo (Congonhas). A decisão marca formalmente a volta do terminal à malha aérea comercial regular de passageiros atendida por aeronaves de grande porte.
"Com a nova operação na Pampulha, a Gol atuará em cinco bases de Minas Gerais, reforçando a presença no Estado", disse o vice-presidente de Planejamento da companhia, Celso Ferrer.
Inicialmente, os clientes da Gol terão à disposição duas frequências por dia, em vigor a partir de 22 de janeiro de 2018, em horários nos períodos da manhã e da tarde. As aeronaves utilizadas neste aeroporto serão os Boeing 737-700, com capacidade para até 138 passageiros.
Desde 2005, a Pampulha tinha autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para atender apenas voos executivos e regionais, realizados por aeronaves de capacidade para até 72 passageiros. Mas em outubro de 2017, o Ministério dos Transportes revogou as restrições, liberando o aeroporto para operar jatos maiores, com capacidade superior a 110 passageiros.
Conforme a distribuição dos slots definidos pela Anac no último dia 13 de novembro, a participação de mercado para a temporada verão ? março a outubro de 2018 ? no aeroporto da Pampulha levando em conta o número de decolagens ficou definida assim: 22% dos slots para Avianca, 20% para Gol, 20% para Azul, 17% para Passaredo, 12% para Latam e 9% para a Two Flex.
Disputa na Justiça
A reabertura da Pampulha levou a concessionária BH Airport, que administra o aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, a entrar no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A concessionária ? que assumiu em novembro de 2013 compromissos de investimentos de R$ 2 bilhões, entre pagamento da outorga de concessão e compromissos de ampliação da infraestrutura ?, alega que a operação simultânea dos dois aeroportos é comercialmente inviável.
Pampulha, localizado em um bairro de Belo Horizonte, próximo do estádio de futebol Mineirão, é gerido pela estatal Infraero, que tem os 49% restantes da BH Airport, que administra Confins, que fica a cerca de 40 quilômetros do centro da capital mineira.
O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, apontou, no último dia 20, que a reabertura da Pampulha foi pautada por critérios técnicos. ampliação operacional de Pampulha e a retirada de Congonhas da próxima rodada de concessões de aeroportos. Para ele, nenhuma das duas decisões ? tomadas em meio à votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer ? pode ser considerada simplesmente política e ambas têm amparo técnico.
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