STF determina quebra de sigilos bancário e fiscal de Aécio
(Atualizada às 18h23) O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador Aécio Neves (PSDB-MG) do período entre 1º de janeiro de 2014 e 18 de maio de 2017. O objetivo é "rastrear a origem e o destino de recursos supostamente ilícitos", escreveu o relator na decisão.
A medida vale também para a irmã de Aécio, Andrea Neves; para o primo deles, Frederico Pacheco; e para o ex-assessor parlamentar Mendherson Lima - todos acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) de participação no esquema de corrupção narrado nas delações de executivos do grupo JBS.
"Tudo deve objetivar a elucidação dos fatos, definindo-se, se for o caso, responsabilidades", apontou Marco Aurélio, atendendo ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
De acordo com a denúncia da PGR, Aécio pediu e recebeu do empresário Joesley Batista, sócio da JBS, R$ 2 milhões em propina, valor solicitado por Andrea e cujo pagamento foi intermediado por Pacheco e Mendherson. Na visão do Ministério Público, o dinheiro era um pagamento por favores prestados pelo tucano ao conglomerado de frigoríficos.
Outro lado
A defesa de Aécio alegou, por meio de nota, que a quebra dos sigilos é "uma medida extremamente natural e salutar para confirmar a absoluta correção dos seus atos".
Segundo o advogado Alberto Zacharias Toron, os sigilos do senador "sempre estiveram à disposição da Justiça".
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