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Custo da dívida interna é o menor da série histórica, aponta Tesouro

25/01/2018 12h18

O custo médio da Dívida Pública Federal (DPF) fechou dezembro em 10,29% ao ano, ante 10,24% ano em novembro. Já o custo da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) encerrou o mês em 10,34%, o que representa uma queda sobre os 10,5% ao ano em novembro, e menor leitura desde o início da série histórica, em dezembro de 2005.


O custo médio das emissões da DPMFi em oferta pública caiu em 0,52 ponto percentual, para 9,69% ao ano em dezembro, igualando custo de fevereiro de 2014. Em novembro, esse custo foi de 10,21%. A comparação, feita pelo Tesouro Nacional, considera o custo acumulado nos últimos 12 meses terminados em cada período.


O custo médio das emissões da Letras do Tesouro Nacional (LTN) foi de 9,82% ao ano em dezembro (ante 10,34% ao ano em novembro), enquanto o custo para colocação de Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-B) fechou o mês em 8,46% (8,48% em novembro). As LFTs saíram a 9,99% (10,63% em novembro) e as NTN-F tiveram custo de 10,35% ao ano (10,71% ao ano em novembro).


Custo de financiamento


O Tesouro Nacional fez um balanço sobre a condução da dívida pública em 2017 e elegeu como destaque a redução do custo médio de financiamento. Segundo a secretaria, isso foi alcançado graças à redução da inflação e à consequente queda dos juros registrada no ano passado.


"Ao trazer um balanço de 2017, destaca-se a redução do custo médio de financiamento da DPF, que tem a redução da inflação e a consequente redução da taxa de juros da economia brasileira ao longo do ano como fatores explicativos", diz mensagem inserida no Relatório Anual da Dívida Pública Federal.


O Tesouro afirma ainda que, no âmbito da Dívida Pública Federal Externa, houve a realização de duas operações bem-sucedidas no mercado internacional, o que aponta "para a confiança dos investidores na solidez e no baixo risco do perfil de endividamento brasileiro".


A secretaria acredita que a DPF, atualmente, se caracteriza "por uma composição saudável, com reduzida exposição cambial e baixa concentração de vencimentos no curto prazo, além de contar com uma base diversificada de investidores para seu financiamento". Para a secretaria, esses fatores estão em linha com as diretrizes ligadas às estratégias da DPF e ainda "contribuem para mitigar riscos" relacionados à condução da dívida pública.