Real tem "respiro" e dólar opera em leve queda
O real tem um "respiro" nesta quinta-feira, ensaiando alguma alta depois de mais cedo renovar mínima em quase dois anos contra seus principais pares.
O alívio, porém, é bastante moderado diante da queda de 1,92% da moeda brasileira dos últimos cinco pregões. E só acontece por causa da baixa de quase 2% do peso argentino nesta quinta-feira. A moeda do país vizinho tem o quarto maior peso na cesta, atrás apenas de yuan chinês, euro e dólar americano.
O dólar comercial caía 0,08%, a R$ 3,4812, depois de variar entre R$ 3,5073 e R$ 3,4759 ao longo do dia.
A tentativa de estabilização do real, após queda de 5,2% neste mês, se dá num dia mais ameno para moedas de emergentes, apesar do desempenho misto. Rublo russo caía 0,49%, enquanto lira turca subia 0,31%.
Analistas afirmam que declarações do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, em entrevista exclusiva ao Valor também ajudam o real. Ilan disse que está monitorando a desvalorização do real e que não permitirá dinâmica "perversa" no câmbio.
As declarações de Ilan vêm num momento em que o próprio governo avalia a depreciação cambial como um fator mais negativo do que positivo para a economia.
Além das informações macro, indicadores técnicos também sugerem maior dificuldade para o dólar prosseguir com o ritmo de valorização das últimas semanas. O índice de força relativa (IRF) de 14 dias alcançou já ontem a marca de 70 e segue nela nesta quinta-feira. Valores acima de 70 sinalizam que um ativo (no caso, o dólar) está excessivamente apreciado.
Ontem, analistas notaram a formação de um sinal técnico conhecido como "estrela cadente" - quando o preço de um ativo fecha longe das máximas do dia. Esse sinal é associado a forte demanda por venda desse ativo (dólar) quando alcança determinados topos. E, ontem, o dólar bateu R$ 3,5156, máxima em quase dois anos.
"O mercado observa essas marcas. E a de R$ 3,50 lembra o movimento do câmbio após a eleição do Trump [Donald Trump, presidente americano]", diz o gestor de uma asset.
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