Vale e Itaú limitam perdas do Ibovespa; Petrobras pesa contra
Em um dia em que o mercado claramente mudou de humor, investidores estão buscando refúgio em outros papéis que oferecem melhor proteção contra o risco. Enquanto Petrobras opera em forte queda, arrastando também outras ações de estatais, papéis como Suzano e Vale conseguem subir nesta tarde.
Às 16h30, o Ibovespa recuava 0,88%, aos 80.157pontos, depois de ter ido na mínima aos 79.027 pontos. O giro hoje já ultrapassa os R$ 11 bilhões, e 37% disso equivalem apenas à Petrobras PN (-13,06%), que figura entre as maiores quedas do dia junto com a Petrobras ON (-13,59%).
O movimento de queda acompanhado de forte volume indica que a saída de investidor hoje é massiva e atinge em especial a Petrobras. A baixa do Ibovespa só não é pior porque a ação da Vale, que tem atualmente o maior peso no índice, sobe 1,12%. E isso acontece porque, no setor de commodities, o investidor que quer manter alguma alternativa na carteira migra para a mineradora no lugar da petrolífera.
A maior alta do dia, a Suzano ON (+6,63%), está na lista de companhias que oferecem proteção cambial ("hedge"), uma opção importante no momento de forte instabilidade que atinge o Brasil. "É uma empresa que oferece proteção, assim como a Vale. A mineradora tem mais liquidez, por isso não avança na mesma proporção da Suzano", diz um operador.
Gestores e analistas veem no tombo da Petrobras uma clara demonstração de que o investidor se frustrou muito com a decisão da empresa de reduzir o preço do diesel. Na avaliação geral, a estatal demorou muito para construir uma imagem de independência e, com a decisão de ontem, esse voto de confiança cai por terra. "A Petrobras não tem capital político para bancar uma decisão dessa, a mensagem que se manda é a pior possível", afirma o operador.
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