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Fiesp já vê queda no nível de empregos da indústria paulista em 2018

15/06/2018 13h45

A indústria paulista encerrou maio com o fechamento de 3,5 mil postos de trabalho, queda de 0,16% frente a abril na série sem ajuste sazonal. No dado dessazonalizado, o resultado para o mês também ficou negativo, em 0,27%.

O número de maio interrompe sequência de quatro meses de geração de emprego, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

De acordo com José Ricardo Roriz Coelho, presidente em exercício da Fiesp, o resultado é preocupante e confirma um desempenho ruim para a geração de emprego na indústria paulista. "É preocupante. O ano de 2017 foi ruim e tínhamos a perspectiva de um 2018 ótimo, o que não está acontecendo. Diante deste cenário, nossa perspectiva para o fechamento do ano é de emprego negativo", diz Roriz, em comunicado.

No acumulado do ano, o saldo de empregos continua positivo, com a geração de 28,5 mil vagas, um crescimento de 1,33%. Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa para o mês de maio, oito ficaram positivos, seis permaneceram estáveis e oito foram negativos.

No campo negativo, os principais destaques foram os setores de couro e calçados (-1.728 postos de trabalho), informática, produtos eletrônicos e ópticos (-1.279) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-1.234). Já na ponta positiva, geraram mais empregos produtos alimentícios (859), produtos diversos (700) e produtos de minerais não metálicos (401).

Por grande região, a variação no mês ficou negativa em 0,16% no Estado de São Paulo, em 0,12% na Grande São Paulo e em 0,19% no Interior paulista.

Por diretorias regionais, os destaques negativos foram Jaú (-6,38%), por artefatos de couro e calçados (-34,56%) e móveis (-2,68%); Franca (-3,21%), por artefatos de couro e calçados (-6,29%) e produtos de borracha e plástico (-1,77%); e Santos (-1,46%), influenciado por impressão e reprodução de gravações (-6,87%) e produtos de metal (-2,68%).

Já os destaques positivos ficaram por conta de de Araçatuba (1,04%), influenciada pelo setor de coque, petróleo e biocombustíveis (6,22%) e produtos alimentícios (1,15%); Limeira (0,96%), por produtos alimentícios (15,14%) e produtos de minerais não metálicos (3,67%); e Indaiatuba (0,79%), por produtos alimentícios (6,91%) e produtos de borracha e plástico (0,65%).