Dólar fecha em alta de olho em exterior e Copom
Faltando duas sessões para a decisão de juros no Brasil, o mercado brasileiro de moedas não conseguiu escapar da pressão externa e ainda aponta para os desafios que o Banco Central têm pela frente. Ainda assim, com as constantes intervenções da autarquia no câmbio, o real já mostra um comportamento um pouco mais ameno e alinhado aos demais emergentes.
Nesta segunda-feira, o dólar fechou em alta de 0,29%, a R$ 3,7398, com alguma distância para a máxima no dia, de R$ 3,7647. A despeito do avanço da divisa americana, a moeda brasileira teve um desempenho mais favorável que outros pares a exemplo do peso colombiano e o rublo russo.
Os riscos em torno de uma guerra comercial entre Estados Unido e China já desenham um pano de fundo mais adverso para ativos de risco. O aumento do protecionismo das duas maiores economias do mundo aumenta preocupações sobre o crescimento global num momento que alguns dos principais bancos centrais reduzem a liquidez, trazendo uma perspectiva mais dura para emergentes.
Por aqui, o mercado também acaba sofrendo pelas fragilidades de uma cena política e fiscal não resolvida. Por causa dos riscos à frente, o banco Fibra não descarta uma elevação da taxa Selic ainda em 2018. A condição, entretanto, é uma depreciação cambial ou algum outro tipo de choque que seja "forte o suficiente para afetar as expectativas para a inflação no horizonte relevante da política monetária".
"Acreditamos que o Copom poderá endurecer moderadamente seu discurso não descartando a possibilidade de elevação da taxa de juros ainda em 2018, se as expectativas para a inflação forem impactadas pela depreciação cambial", dizem os especialistas do Fibra.
Diante das incertezas no radar, o Banco Central iniciou hoje a nova etapa de seu programa de swaps cambiais com a venda de 20 mil contratos novos, equivalentes a US$ 1 bilhão. Para esta semana, o BC estima oferecer cerca de US$ 10 bilhões em contratos de swaps, depois de vender US$ 24,5 bilhões entre 8 e 15 de junho. O montante poderá ser ajustado para cima ou para baixo, dependendo das condições de mercado, informou a autoridade monetária na última quinta-feira.
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