Dólar ganha força de olho em exterior e incertezas locais
O dólar voltou a ganhar força na tarde desta quinta-feira, girando perto de R$ 3,75, num dia de pressão sobre os emergentes. O mercado brasileiro tem o terceiro pior desempenho diário numa lista de 33 divisas globais, logo abaixo de rand sul-africano e peso colombiano.
Os riscos em torno de uma guerra comercial entre Estados Unido e China já desenham um pano de fundo mais adverso para ativos de risco. O aumento do protecionismo das duas maiores economias do mundo aumenta preocupações sobre o crescimento global num momento que alguns dos principais bancos centrais reduzem a liquidez, trazendo uma perspectiva mais dura para emergentes.
Por aqui, o mercado também acaba sofrendo pelas fragilidades de uma cena política e fiscal não resolvida.
Tamanha é a sensibilidade ao noticiário que, de acordo com operadores, o mercado reagiu negativamente à notícia veiculada pela Bloomberg, atribuída a fonte de alto escalão do Banco Central, de que o ritmo de oferta de swap cambial até a eleição é insustentável. "A expectativa já não era de que o ritmo fosse mantido, mas essa afirmação acaba gerando operações especulativas", acrescenta. Para outro profissional, essa instabilidade adicional é "desnecessária, já que não teve grande surpresa".
Por volta das 16h30, a moeda americana era negociada em alta de 0,64%, a R$ 3,7527.
O contrato futuro para julho, por sua vez, subia 0,59%, a R$ 3,7575.
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