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Tabela de frete aumenta custo do transporte em 40%, diz CNA

20/06/2018 14h05

A tabela de preço mínimo do frete rodoviário aumentou o custo do transporte, em média, para o setor agrícola em 40%, segundo informou nesta quarta-feira (20) a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Esse e outros números foram apresentados pela entidade na manhã de hoje ao ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), na audiência de conciliação convocada para tratar da política de preço mínimo do frete estabelecida pelo governo por medida provisória (MP).

A confederação estima que os setores de soja e milho acumularam prejuízo de R$ 10 bilhões em 20 dias de vigência da tabela ? ou R$ 500 milhões por dia. Os custos do transporte para o segmento variaram de 51% a 150% ? os maiores aumentos são registrados quando não há frete de retorno.

Segundo a CNA, os terminais portuários atingiram prejuízos de R$ 135 milhões, com 60 navios parados desde a publicação da tabela, em 30 de maio.

O represamento nos embarques de arroz atingiu 50%. A entidade estima que o custo do transporte de arroz pelas rodovias do país tende a aumentar de 35% a 50% no mercado interno se a tabela for validada. Para as exportações, o valor deve chegar a subir 100%.

No caso do comércio de frutas, o custo do frete deve ser elevado em 30%. O Nordeste tende a ser a região mais prejudicada por conta da ausência de frete de retorno.

De acordo com a confederação, o setor de fertilizantes registra uma queda de 30% do carregamento em relação aos anos anteriores. A entidade destacou que 85% da demanda nacional, vendida para cooperativas, revendas e produtores, está sem a possibilidade de entrega.

Segundo a CNA, a comercialização de calcário caiu em 50%. Para esse setor, houve aumento de 30% do custo do frete e 21% do preço final do insumo fundamental para a agricultura.