Ibovespa tem dia positivo com alívio no exterior e pesquisa
A bolsa brasileira teve um dia de alívio e ameaçou voltar ao nível dos 72 mil pontos, em dia de exterior positivo para as bolsas americanas e emergentes. No fim do dia, deixou as máximas de lado e se acomodou nos 71 mil pontos ? nível no qual deve permanecer no curto prazo, enquanto as incertezas no campo político no Brasil persistirem.
O Ibovespa fechou em alta de 1,64%, aos 71.767 pontos, depois de ter avançado até os 72.092 pontos na máxima do dia, alta de 2,10%. Do piso ao pico no pregão de hoje, o índice ganhou mais de 1.600 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,2 bilhões.
Embora a variação na sessão tenha sido relevante, ela não representa qualquer tipo de mudança para os cenários com os quais trabalham gestores e analistas. A volatilidade grande que ronda o mercado continua sendo um ponto de importante preocupação, e recuperações pontuais são esperadas diante das quedas que o mercado vem enfrentando.
Mas com as altas das bolsas americanas e de outros emergentes lá fora, as principais ações da bolsa tiveram um dia de ganhos expressivos, caso do Banco do Brasil (+5,82%), maior alta do dia, Bradesco ON (+2,90%), Bradesco PN (+3,68%) e Itaú Unibanco (+2,88%). A Vale, papel de maior participação no Ibovespa, subiu 1,89%.
O que também teve um efeito marginalmente bom por aqui foi a pesquisa CNI/Ibope, primeiro levantamento eleitoral divulgado pelo instituto. Embora tenha mostrado que a perspectiva para o pleito em outubro segue bastante difusa, a pesquisa também sinaliza a possibilidade de reviravoltas grandes e, principalmente, de empate técnico entre Jair Bolsonaro e Marina Silva em um cenário sem o ex-presidente Lula.
Ainda entre as "blue chips", a Petrobras chegou a acompanhar o ritmo bom do mercado como um todo, mas, perto do fechamento, virou para o vermelho e assim ficou até o fim dos negócios. E o motivo para isso foi o crescimento do risco de que o leilão de óleo excedente da cessão onerosa fique para o ano que vem ? o que afeta o pagamento à estatal dos recursos que lhe cabem com a revisão do contrato de cessão onerosa assinado com o governo em 2010.
"O que se falou no mercado é que o governo não teria tempo de fazer [o leilão] em novembro, conforme agendado. O valor em si para a Petrobras não é um ponto de dúvida [US$ 28 bilhões], mas o ajuste do contrato e a forma de recebimento é algo amplamente aguardado", diz um operador.
A preocupação que também ronda o papel, embora em segundo plano, é a liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) exigindo que as vendas de ações de estatais só sejam feitas mediante aprovação pelo Legislativo. Na prática, esse tipo de exigência pode dificultar ainda mais a venda das distribuidoras da Eletrobras e mesmo o processo de venda de ativos da Petrobras.
No fechamento, as ações da estatal de petróleo perderam bastante a força que mostraram mais cedo: a Petrobras ON caiu 0,58%, enquanto a PN subiu 0,30%.
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