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OPINIÃO

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É hora de investir em empresas exportadoras como a JBS?

Dirceu Portugal/Foto Arena/Estadão Conteúdo
Imagem: Dirceu Portugal/Foto Arena/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL, de São Paulo

15/03/2022 09h00

Esta é uma versão online resumida da edição desta semana da newsletter A Companhia, que detalha os dados de uma empresa em destaque no mercado. Para assinar o boletim semanal e ter acesso ao conteúdo completo, clique aqui.

O destaque da semana em A Companhia fica por conta da JBS (JBSS3), selecionada por Sérgio Berruezo, analista de research da Ativa Investimentos. A instituição tem recomendação de compra para as ações da empresa.

A JBS encerrou o terceiro trimestre de 2021 (último balanço disponível) com lucro líquido de R$ 7,6 bilhões, resultado 142% maior em relação a igual período do ano anterior. A receita líquida avançou 32,2% no intervalo, totalizando R$ 92,6 bilhões.

Neste ano, as ações do frigorífico registram queda de 6,9%, até o dia 10 de março. Em 2021, os papéis acumularam valorização de 75,7%.

Saiba mais sobre a JBS

A JBS é a maior produtora de proteínas do mundo e, segundo sua última apresentação institucional (considerando as receitas do terceiro trimestre de 2021), a companhia ocupa também o topo do ranking global no setor de alimentos.

O grupo está presente em mais de 20 países, com negócios concentrados nos Estados Unidos (51%), Ásia (16%) e Brasil (12%). São mais de 450 unidades e escritórios ao redor do mundo, reunindo mais de 250 mil colaboradores.

A empresa prevê divulgar seu demonstrativo financeiro relativo ao quarto trimestre do ano passado no dia 21 de março.

Por que a JBS é uma oportunidade para investir?

Em sua análise, Berruezo ressalta que mais de 70% da receita da JBS é proveniente de operações nos EUA, que passam por um momento bastante positivo desde o ano passado, com a abertura do setor de "food service" (restaurantes). Ele cita também o ciclo bovino favorável aos frigoríficos, o que possibilitou repasses de preços acima da inflação com volumes de venda sustentáveis.

"Além disso, o alto patamar do dólar em relação ao real tem ajudado muito a geração de caixa da JBS, que conseguiu pagar robustos dividendos", afirma o especialista. "A empresa fez ainda uma série de aquisições de pequeno e médio porte e promoveu um programa bastante relevante de recompra de ações, gerando valor aos acionistas em 2021."

Outros destaques são a boa diversificação geográfica e marcas fortes em variados segmentos - como bovinos, suínos e aves -, além da baixa alavancagem financeira, especialmente se comparada aos níveis históricos.

Pontos a favor

  • Momento favorável das operações norte-americanas;
  • Portfólio diversificado geograficamente e também em relação a produtos, com operações nos EUA, Brasil, Austrália e Europa, operando no segmento de bovinos, suínos e frango, além de produtos plant-based (alimentos à base de plantas);
  • Forte demanda por carne bovina na China, derivada de mudanças nos hábitos de consumo, além da expansão da classe média no país asiático;
  • O ciclo bovino no Brasil deve começar a melhorar a partir do quarto trimestre de 2022, como indicam número de retenção de fêmeas e vacinação de bezerros.

Pontos contra

  • Dólar tem apresentado queda no início deste ano. Caso a situação se sustente, o fluxo de caixa em reais da JBS tende a cair, já que boa parte de sua receita é dolarizada;
  • Número de abates de fêmeas tem indicado que o ciclo bovino nos EUA deve começar a se inverter e ficar menos favorável aos frigoríficos a partir do quarto trimestre de 2022. Esse segmento é responsável por mais de 70% da receita da JBS;
  • A Seara, uma das marcas do grupo JBS, tem registrado pressão nas margens de lucro, em razão dos preços elevados dos grãos - principal insumo utilizado pela companhia. Os altos valores derivam de quebras de safras e da crise na Ucrânia, que está em guerra com a Rússia.

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