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Dólar sobe a R$ 2,31 pela primeira vez desde 2009; Bolsa fecha quase estável

Do UOL, em São Paulo

07/08/2013 17h27Atualizada em 20/03/2014 20h43

dólar comercial fechou no patamar de R$ 2,31 pela primeira vez em mais de quatro anos nesta quarta-feira (7), dia sem atuação do Banco Central. A moeda teve alta de 0,65%, a R$ 2,314 na venda. É o maior valor de fechamento desde 31 de março de 2009, quando, no auge da crise econômica, o dólar chegou a valer R$ 2,319.

O dólar alto é bom para as empresas exportadoras, que potencializam os ganhos com a diferença de preços. Mas é ruim para as empresas que importam matérias-primas, porque encarece a produção. Também não favorece quem viaja ao exterior.

Bovespa fechou praticamente estável. O Ibovespa (principal índice da Bolsa) teve leve alta de 0,05%, aos 47.446,71 pontos. Os negócios movimentaram R$ 6,1 bilhões.

Dia de poucos negócios para o dólar

Foi um dia de poucas notícias relevantes e baixíssimo volume de negócios, ainda pressionado por preocupações com o cenário econômico global e doméstico.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,3 bilhão, abaixo da média diária de julho, de US$ 1,7 bilhão.

Para o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca, o baixo volume de negócios se deve à ansiedade dos investidores sobre a política monetária nos Estados Unidos.

Sinais de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, deve reduzir em breve seu estímulo monetário --o que diminuirá a oferta global de dólares e, portanto, tende a deixar a moeda mais cara-- têm assombrado os mercados.

Magazine Luiza dispara 28%; Eike lidera perdas

A B2W (BTOW3), dona dos sites das Lojas Americanas e do Submarino, liderou os ganhos da Bolsa nesta quarta, subindo 7,14%, a R$ 12,16. A MRV Engenharia (MRVE3) ganhou 3,52%, a R$ 6,76.

A Metalúrgica Gerdau (GOAU4) fechou em alta de 3,41%, a R$ 19,13, a ação da CSN (CSNA3) avançou 3,4%, a R$ 6,70 após a divulgação do balanço da companhia, e a Cemig (CMIG4) teve ganhos de 3,19%, a R$ 20,69.

As ações de Eike Batista tiveram as maiores quedas da Bovespa.

Entre os papéis de maior peso no índice, a ação preferencial da Vale (VALE5) teve alta de 2,5%, a R$ 29,06; a preferencial da Petrobras (PETR4) fechou em queda de 0,185, a R$ 16,25.

Fora do Ibovespa, destaque para as ações do Magazine Luiza (MGLU3). Depois que a empresa divulgou um lucro 150% maior no segundo trimestre, os papéis dispararam 28,89%, a R$ 6,38.

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Bolsas Internacionais

As Bolsas dos Estados Unidos recuaram pelo terceiro dia seguido, diante de crescentes incertezas sobre quando o Federal Reserve começará a diminuir seu programa de incentivo à economia.

O índice Dow Jones recuou 0,31%, para 15.470 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,38%, para 1.690 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq caiu 0,32%, para 3.654 pontos.

As ações europeias caíram, pressionadas por preocupações de que os bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa comecem a reduzir seus incentivos à economia mais cedo do que os mercados esperavam.

O índice FTSEurofirst 300 fechou em queda de 0,27%, a 1.217 pontos.

O índice britânico FTSE 100 liderou as baixas do mercado, com queda de 1,41%, depois de o Banco da Inglaterra dizer que planeja manter a taxa de juros nos atuais níveis (que são o recorde histórico de baixa) até o desemprego cair para 7%, uma meta mais modesta do que alguns esperavam.

Em Frankfurt, o índice DAX recuou 0,47%, para 8.260 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 teve alta de 0,15%, a 4.038 pontos.

As ações asiáticas caíram para o menor valor em um mês, acompanhando as perdas em Wall Street, com o índice japonês Nikkei sofrendo vendas no fim do pregão uma vez que o dólar recuou brevemente abaixo de 97 ienes pela primeira vez em seis semanas.

O índice Nikkei, da Bolsa do Japão, recuou 4%, para o menor fechamento neste mês. A Bolsa de Hong Kong caiu 1,53%, Xangai perdeu 0,67%, Seul recuou 1,48%, Taiwan caiu 1,46% e Sydney teve baixa de 1,85%. Cingapura teve alta de 0,16%.

(Com Reuters)