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Bolsa cai 1,3%, puxada pelo setor elétrico; Brookfield dispara mais de 18%

Do UOL, em São Paulo

17/02/2014 17h48Atualizada em 17/02/2014 17h56

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 1,3% nesta segunda-feira (17), aos 47.576,33 pontos.  

O resultado da Bovespa foi influenciado, principalmente, pelo desempenho negativo das ações da Petrobras e da Usiminas. Além disso, o setor de energia elétrica teve as maiores quedas da Bovespa.

A ação ordinária da Petrobras (PETR3), que dá direito a voto, caiu 1,89%, a R$ 13,47. A preferencial da estatal (PETR4), que dá prioridade na distribuição de dividendos, perdeu 1,03%, a R$ 14,43.

A siderúrgica Usiminas (USIM5), que teve a segunda maior desvalorização da Bovespa, fechou em baixa de 5,37%, a R$ 10,92.

Ações do setor elétrico tombam

As ações do setor elétrico foram destaque de queda, em meio a incertezas sobre qual será a contribuição do governo para pagar os maiores custos de energia por conta do acionamento das usinas termelétricas.

As ações da Coelce (Companhia Energética do Ceará) (COCE5) despencaram 14,83%, a R$ 39,01; elas não fazem parte do Ibovespa.

Dentre as que compõem o índice, a Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras S.A.) (ELET3), que teve a maior baixa do Ibovespa, caiu 5,56%, a R$ 4,76. A Eletropaulo (ELPL4)  recuou 4,82%, a R$ 8,30. A CPFL Energia (CPFE3) perdeu 4,78%, a R$ 15,95. Energias do Brasil (ENBR3) fechou com queda de 3,33%, a R$ 9. A Light (LIGT3) teve desvalorização de 4,71%, a R$ 16,20.

Justiça nega suspensão de liminar contra Sabesp; ações caem

As ações da Sabesp (SBSP3) tiveram perdas de 4,72%, a R$ 21,98. Na última sexta-feira (14), o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) negou pedido de suspensão de liminar obtida pela Prefeitura de Guarujá contra a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) devido à falta de água.

Em janeiro, a Justiça deferiu liminar em favor da prefeitura em uma ação civil pública contra a Sabesp devido aos prejuízos causados pelo desabastecimento de água no fim do ano. Pela decisão, a estatal tem de arcar com multa diária no valor de R$ 50 mil se não apresentar solução para adequar o serviço de fornecimento de água em no máximo 24 horas.  

Ação da Brookfield dispara 18% com anúncio sobre saída da Bolsa

As ações da incorporadora Brookfield (BISA3) dispararam 18,55%, a R$ 1,47, na maior alta do Ibovespa.

A controladora da empresa anunciou que fará uma oferta pública de aquisição de ações para tirar a incorporadora da Bolsa.

Opção sobre ações movimenta R$ 1,7 bilhão na BM&FBovespa

O exercício de contratos de opções sobre ações movimentou R$ 1,7 bilhão nesta segunda-feira, dos quais R$ 735 milhões em opções de compra e R$ 1,02 bilhões em opções de venda.

Opção sobre ações é um tipo de contrato de compra ou venda de ações a um preço pré-determinado. Quem aposta que a ação vai ficar mais cara assume posição "comprada", para liquidar o contrato pagando um preço menor pela ação do que o da negociação da Bolsa. Já quem acredita que o preço da ação vai cair assume posição "vendida" para vender as ações a um preço maior do que o do dia.

A opção mais exercida foi dos contratos de compra das ações preferenciais da Vale (VALE5) a R$ 29,18 por ação, com R$ 118,10 milhões; seguido pelos contratos de compra das ações preferenciais da Vale (VALE5) a R$ 30,18 por ação, com R$ 115,05 milhões. O contrato de compra das ações preferenciais da Petrobras (PETR4) a R$ 14,00 por ação movimentou R$ 69,34 milhões. 

Ações de destaque da Bovespa

A Eletrobras liderou as quedas da Bovespa nesta segunda-feira, seguida pela Usiminas, a Eletropaulo, CPFL e Sabesp, respectivamente.

Na ponta oposta, depois da Brookfield, que liderou as altas da Bolsa, apareceu a empresa de logística Prumo (LLXL3), ex-LLX de Eike Batista, com valorização de 4,26%, a R$ 0,98.

A Ultrapar (UGPA3), dona da Ipiranga e da Ultragaz, teve a terceira maior valorização, de 1,69%, a R$ 52,46. A construtora e incorporadora  Rossi (RSID3) veio em seguida, com avanço de 1,62%, a R$ 1,88. 

Dólar fecha praticamente estável, a R$ 2,389, em dia de feriado nos EUA

dólar comercial fechou praticamente estável nesta segunda-feira, com leve alta de 0,09%, cotado a R$ 2,389 na venda. 

O dia foi de poucas negociações, com os mercados fechados nos Estados Unidos devido ao feriado do dia do Presidente.

Nesta semana, a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), deve mexer com o mercado.

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Bolsas internacionais

As Bolsas da Europa fecharam sem tendência definida nesta segunda-feira. Em Londres, o índice Financial Times fechou em alta de 1,09%. Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,11%. Em Lisboa, o índice PSI20 subiu 1,83%.

Na contramão, o índice DAX, de Frankfurt, fechou praticamente estável, com leve queda de 0,06%. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,11%. Em Madri, o índice Ibex-35 recuou 0,14%.

Na Ásia, as Bolsas fecharam em alta.  As Bolsas de Hong Kong e Cingapura tiveram os maiores ganhos: 1,07% e 1,01%, respectivamente. O índice japonês Nikkei subiu 0,56%. Xangai avançou 0,92%, enquanto a Bolsa de Seul encerrou a sessão com valorização de 0,31%. Taiwan ganhou 0,07%. A Bolsa de Sydney fechou em alta de 0,5%. 

(Com Reuters)