Dólar sobe no dia, mas acumula queda de 2,8% no mês e vale R$ 2,345
O dólar comercial fechou em alta de 0,88% nesta sexta-feira (28), cotado a R$ 2,345 na venda.
Na semana, no entanto, a moeda norte-americana teve desvalorização de 0,36% e fecha fevereiro com queda de 2,79%. No acumulado do ano, o dólar tem perdas de 0,53%.
Nesta sexta, o Banco Central divulgou dados sobre a economia do setor público para pagar juros. O resultado veio um pouco abaixo do esperado.
Além disso, o mercado era pressionado pela briga de investidores antes da formação da Ptax de fevereiro, taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais.
A taxa ficou em R$ 2,332 para compra e a R$ 2,333 para venda.
O resultado desta sexta-feira também foi influenciado pelas intervenções do BC no mercado de câmbio.
Economia para pagar juros fica em R$ 19,921 bilhões
A economia do setor público brasileiro para pagar juros ficou em R$ 19,921 bilhões em janeiro, quase 35% a menos do que um ano antes, mas apenas um pouco abaixo do esperado pelo mercado. O destaque foi para o desempenho recorde dos Estados e municípios.
Esses números incluem governos federal, estaduais e municipais e as empresas estatais. Essa economia é o chamado superavit primário.
Segundo informou o Banco Central nesta sexta-feira, em 12 meses até janeiro, a economia feita para pagamento de juros foi equivalente a 1,67% do Produto Interno Bruto (PIB), abaixo do 1,9% visto em dezembro.
Atuações diárias do BC brasileiro no mercado de dólar
O Banco Central manteve seu programa de intervenções diárias no câmbio, com as novas regras anunciadas em dezembro.
Agora, em vez de 10 mil contratos de swap cambial tradicional (que equivalem à venda de dólares no mercado futuro), são ofertados 4.000 contratos diariamente.
Nesta sexta, o BC vendeu todos os contratos ofertados. Desses, 500 têm vencimento em 1º de agosto, e 3.500 vencem em 1º de dezembro deste ano. A operação movimentou US$ 197,9 milhões.
Nesta sessão, o BC também fez leilão de venda de até US$ 1,8 bilhão com compromisso de recompra em 5 de maio. O BC aceitou propostas e a taxa de recompra ficou em R$ 2,361.
(Com Reuters e Valor)
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