Dólar interrompe série de 5 altas, cai quase 1% e fica abaixo de R$ 2,40
O dólar comercial interrompeu uma sequência de cinco altas seguidas nesta quarta-feira (24), fechando em queda de 0,98%, a R$ 2,384 na venda. É a maior queda diária desde 26 de agosto, quando a moeda caiu 1,15%.
O Banco Central respondeu às expectativas dos investidores e aumentou a oferta de swaps cambiais (contratos equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) nos leilões que estão sendo realizados, periodicamente, para estender o vencimento de alguns contratos.
Analistas ouvidos pela agência de notícias Reuters disseram que a medida deve evitar que a moeda norte-americana continue subindo como aconteceu nas últimas semanas, mas não é suficiente para impor uma trajetória de queda mais consistente.
Segundo os analistas, as incertezas eleitorais e internacionais devem continuar pesando sobre o mercado brasileiro.
BC aumenta oferta em leilão de dólares
O BC mais que dobrou a oferta de contratos de dólares nos seus leilões de rolagem: de uma oferta anterior de 6.000, passou a disponibilizar 15 mil contratos em cada sessão.
Hoje foi o primeiro dia em que a medida começou a valer, e o BC conseguiu vender todos os contratos oferecidos. Foram vendidos 9.000 contratos para 3 de agosto de 2015 e 6.000 para 1º de outubro de 2015, com volume correspondente a US$ 740,4 milhões.
Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 4,294 bilhões, ou cerca de 64% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 6,677 bilhões.
Intervenções diárias
Além do leilão de rolagem, o BC também deu continuidade ao seu programa diário de intervenções no mercado de câmbio, vendendo todos os contratos ofertados.
Foram vendidos 3.000 contratos com vencimento em 1º de setembro de 2015, e outros 1.000 com vencimento em 1º de junho do ano que vem. A operação movimentou o equivalente a US$ 197,6 milhões.
Cenário eleitoral continua no radar
Segundo operadores ouvidos pela agência de notícias Reuters, a alta recente do dólar está ligada às pesquisas eleitorais, que mostram que a candidata do PSB, Marina Silva, está perdendo força em relação à atual presidente, Dilma Rousseff.
Dilma tem sido alvo de críticas por parte de investidores e especialistas do mercado financeiro, devido à condução da política econômica.
Na véspera, foram divulgadas duas pesquisas de intenção de voto. Segundo o Ibope, Dilma subiu um ponto percentual e está com 41% das intenções em um segundo turno.
Assim, ela está empatada com Marina, que também aparece com 41% das intenções. Os resultados têm margem de erro de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo.
Para o Vox Populi, Dilma Rousseff venceria um eventual segundo turno, contando com 46% das intenções de voto, enquanto Marina teria 39%.
(Com Reuters e Valor)
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