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No terceiro dia seguido de alta, dólar sobe 0,83% e fecha a R$ 2,866

Do UOL, em São Paulo

19/02/2015 17h10

dólar comercial teve a terceira alta seguida nesta quinta-feira (19), com ganho de 0,83%, e fechou valendo R$ 2,866 na venda. Na sessão anterior, a moeda norte-americana havia subido 0,39%.

Os investidores continuavam pessimistas com a economia brasileira. A perspectiva de contração do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano, combinada com inflação alta, tem sido um dos principais fatores por trás da valorização recente do dólar.

Alguns investidores temem um rebaixamento do Brasil pelas agências de classificação de risco, o que diminuiria a confiança nos negócios brasileiros.

Além disso, pesou também o impasse em torno da dívida da Grécia, que também vem contribuindo para a alta da moeda norte-americana.

Nesta manhã, o governo da Grécia solicitou formalmente à União Europeia (UE) a ampliação do atual acordo de empréstimo do país por seis meses, para assegurar o financiamento a curto prazo e ganhar tempo para apresentar um novo programa de reformas.

"Na dúvida, o mercado tem comprado dólares. Como tanto aqui quanto lá fora têm sido fontes de incertezas, qualquer queda acaba se mostrando temporária", disse o operador de câmbio da corretora Intercam, Glauber Romano, à agência de notícias Reuters.

Atuação do BC no mercado de câmbio

O Banco Central manteve seu programa de intervenções no mercado de câmbio, mas agora com metade da oferta. Foram vendidos 2.000 contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares): 800 com vencimento em 1º de dezembro deste ano e os outros 1.200 para 1º de fevereiro do ano que vem.

O BC também realizou mais um leilão para rolar os contratos que vencem em 2 de março. Foram vendidos 13 mil: 11.500 com vencimento em 1º de abril de 2016 e 1.500 para 1º de junho do ano que vem.

A operação movimentou o equivalente a US$ 631 milhões. Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 6,938 bilhões, ou cerca de 66% do lote total, correspondente a US$ 10,438 bilhões.

(Com Reuters)