Dólar interrompe série de 3 altas e cai para R$ 3,245 após protestos
O dólar comercial deu uma trégua da tendência de alta para fechar em queda de 0,14% nesta segunda-feira (16), cotado a R$ 3,245 na venda, após os protestos que tomaram as ruas do país no domingo. A queda fez a moeda interromper uma sequência de três altas seguidas.
Na sexta, o dólar chegou a atingir R$ 3,28, e fechou a R$ 3,249, o maior nível desde 2003.
Nas últimas dez sessões, a moeda teve alta em nove dias, saindo do nível de R$ 2,856 no dia 27 de fevereiro para os R$ 3,249 da última sexta, uma alta de 13,8%.
Segundo operadores ouvidos pela agência de notícias Reuters, investidores se anteciparam às manifestações e correram para buscar proteção na sexta-feira, mudando de estratégia nesta segunda, o que ocasionou a baixa da moeda.
Os gigantescos protestos de domingo ocupavam o centro das atenções, mas analistas não sabiam como avaliar o impacto para a situação política e econômica do Brasil.
"As consequências ainda são incertas, mas o ímpeto político continua sendo uma importante preocupação no Brasil, com a aprovação da presidente na mínima histórica e um quadro econômico duro, além das investigações em torno da Petrobras", escreveram analistas do JPMorgan em nota a clientes.
Reunião do BC dos EUA
O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, começa nesta terça-feira (17) uma reunião de dois dias para decidir a taxa de juros do país.
Nas últimas semanas, foram divulgados dados fracos de inflação e de vendas no varejo nos EUA, mas isso, segundo a agência de notícias Reuters, não afetou a expectativa dos investidores de que em breve o Fed vai começar a subir os juros, que hoje estão próximos de zero.
Os operadores temem que haja uma debandada de recursos para lá quando os juros subirem, porque hoje esse dinheiro está aplicado em países emergentes, considerados menos seguros, mas com bons retornos financeiros.
Atuação do BC no mercado de câmbio
O BC manteve seu programa de intervenções no mercado de câmbio, mas agora com metade da oferta.
Foram vendidos 550 contratos com vencimento em 1º de dezembro deste ano, e outros 1.450 para 1º de março do ano que vem.
O BC também realizou mais um leilão para rolar os contratos que vencem em 1º de abril.
Foram vendidos 1.500 contratos para 1º de junho de 2016 e 5.900 contratos para 3 de outubro de 2016, com volume equivalente a US$ 350,7 milhões.
Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 3,915 bilhões, ou cerca de 39% do lote total, correspondente a US$ 9,964 bilhões.
(Com Reuters)
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