IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Após sete semanas de alta, dólar fecha em queda e vale R$ 3,483

Do UOL, em São Paulo

14/08/2015 17h09Atualizada em 14/08/2015 18h23

O dólar comercial fechou em queda de 0,87% nesta sexta-feira (14), a R$ 3,483 na venda. Com isso, a moeda norte-americana encerra a semana com desvalorização de 0,71%, interrompendo uma sequência de sete semanas seguidas de avanço.

No mês, o dólar acumula ganho de 1,71% e, no ano, alta de 31,01%. 

Na véspera, o dólar tinha subido 1,13%. 

    Contexto brasileiro

    O mercado estava mais otimista com o cenário político nesta sessão. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso decidiu que as contas do governo devem ser analisadas em sessão conjunta do Congresso Nacional, e não separadamente pela Câmara dos Deputados ou Senado.

    Investidores avaliavam que a decisão afasta a perspectiva de impeachment. Isso porque perde força a articulação do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para apreciar as contas da presidente Dilma Rousseff de 2014, sob análise no Tribunal de Contas da União (TCU).

    "O mercado teve um surto, mas está voltando à realidade. Não dá para trabalhar com um cenário de impeachment como cenário-base", disse o tesoureiro-chefe de um banco nacional à agência de notícias Reuters.

    Atuações do BC

    O Banco Central continuou a rolar os contratos de swap cambial (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em setembro, vendendo a oferta total de até 11 mil contratos.

    Ao todo, o BC já rolou US$ 4,367 bilhões, ou cerca de 44% do total de US$ 10,027 bilhões. Se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote.

    Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

    Cenário internacional

    No exterior, o mercado também estava mais calmo, após o yuan interromper uma série de três dias de desvalorização. A moeda da China fechou esta sexta-feira praticamente estável.

    A queda do yuan nos últimos dias deixou investidores preocupados, fazendo com que eles deixassem de investir em países de maior risco, como é o caso do Brasil, para colocar seu dinheiro em negócios mais seguros. 

    (Com Reuters)