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Dólar cai no dia e no mês e fecha a R$ 3,229, após PIB e impeachment

Do UOL, em São Paulo

31/08/2016 17h07

dólar comercial fechou esta quarta-feira (31) em queda de 0,34%, cotado a R$ 3,229 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana havia subido 0,24%.

Com o resultado de hoje, o dólar encerra agosto com queda acumulada de 0,42%. No ano, a moeda acumula desvalorização de 18,2%.

Desde que Michel Temer assumiu a presidência interinamente, o dólar se desvalorizou 6,28%: caiu de R$ 3,446 em 11 de maio, um dia antes da posse de Temer, para R$ 3,229 hoje.

O dia foi marcado pela aprovação do impeachment de Dilma Rousseff e pela divulgação dos dados do PIB (Produto Interno Bruto).

PIB em queda

A economia brasileira vive sua pior sequência de quedas dos últimos 20 anos. O PIB caiu 0,6% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Na comparação de um ano atrás, com o segundo trimestre de 2015, o PIB caiu 3,8%.

Nessa comparação anual, é a nona queda seguida. Em relação ao trimestre anterior, o PIB sofreu seu sexto recuo consecutivo. Em ambas as medições, trata-se da maior sequência de resultados negativos em 20 anos, desde 1996, quando se iniciou essa série histórica de dados.

As informações foram divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Impeachment aprovado

Por 61 votos contra 20, o Senado aprovou o afastamento definitivo de Dilma Rousseff. Com isso, Michel Temer assume a Presidência da República. 

Em votação separada, os senadores decidiram que Dilma poderá manter seus direitos políticos. Essa decisão gerou desconforto entre parlamentares da base aliada do novo governo, fazendo o mercado reagir negativamente, com medo de que esses atritos se traduzam em maior dificuldade para aprovar medidas no Congresso.

Temer vem enfrentando dificuldade para conseguir apoio dos parlamentares para aprovar suas medidas de ajuste das contas públicas. Muitos operadores esperam que ele endureça sua postura ao negociar, agora que assumirá definitivamente a Presidência.

"O mercado foi bastante complacente com o governo [Temer] por causa da interinidade, assumindo que ele evitou atritos com o Congresso para não atrapalhar o processo de impeachment. Mas isso acaba agora", disse à agência e notícias Reuters o diretor de gestão de recursos da corretora Ativa, Arnaldo Curvello.

Juros nos EUA

No exterior, cresciam as apostas de que o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) vai aumentar os juros em breve. Alguns operadores acreditam, inclusive, que a alta possa vir na próxima reunião do Fed, em setembro.

Investidores aguardam a divulgação de dados sobre o mercado de trabalho nos EUA na sexta-feira (2), que pode trazer novas indicações sobre quando os juros no país poderão subir.

Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em países onde as taxas são maiores, como o Brasil.

(Com Reuters)