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Dólar fecha em alta, a R$ 3,24; mercado avalia impeachment e juros nos EUA

Do UOL, em São Paulo

30/08/2016 17h06

dólar comercial fechou esta terça-feira (30) em alta de 0,24%, cotado a R$ 3,24 na venda, após cair 1,21% na véspera, em um dia de poucos negócios.

Com o resultado de hoje, o dólar passa a acumular leve baixa de 0,08% no mês. No ano, a moeda tem desvalorização acumulada de 17,93%.

A sessão de hoje foi influenciada pelo julgamento final do processo de impeachment, pela atuação do BC e pela expectativa em relação aos juros nos Estados Unidos.

Impeachment na reta final

Investidores acompanhavam a fase final do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. "Essa maratona do impeachment está chegando ao fim e o mercado mal pode esperar. Está na hora de virar a página", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira, à agência Reuters.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, disse nesta terça-feira que acredita que a votação final do impeachment ficará para quarta-feira (31)

Grande parte dos investidores acredita que o afastamento definitivo de Dilma será confirmado. No entanto, o mercado aguarda sinais de força política de Michel Temer, indicando que ele será capaz de conseguir apoio no Congresso para aprovar medidas para equilibrar as contas públicas.

Atuação do BC

Nesta sessão, o Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio. Ao todo, foram vendidos 10 mil swaps reversos, contratos que equivalem à compra futura de dólares.

Juros nos EUA

No exterior, investidores aguardavam indicações sobre quando os juros nos Estados Unidos poderão subir.

O vice-presidente do banco central norte-americano, Stanley Fischer, afirmou que o mercado de trabalho está perto do pleno emprego e que o ritmo de aumento dos juros vai depender da saúde da economia. Ele não fez comentários sobre quando uma alta poderia ocorrer. 

Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em países onde as taxas são maiores, como o Brasil.

(Com Reuters)