Dólar cai 1,2% e fecha a R$ 3,232, de olho em impeachment e juros nos EUA
O dólar comercial fechou esta segunda-feira (29) em queda de 1,21%, cotado a R$ 3,232 na venda, após duas altas seguidas. Na sexta-feira, a moeda havia subido 1,25%.
Com a baixa de hoje, o dólar passa a acumular queda de 0,33% no mês. No ano, a moeda tem desvalorização acumulada de 18,13%.
A sessão desta segunda foi influenciada pelo julgamento final do processo de impeachment e pela expectativa em relação aos juros nos Estados Unidos.
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Impeachment na reta final
Investidores acompanhavam a fase final do processo de impeachment. Nesta segunda-feira, a presidente afastada, Dilma Rousseff, foi ao Senado para se defender das acusações.
Grande parte dos investidores acredita que o impeachment será confirmado. No entanto, o mercado aguarda sinais de força política de Michel Temer, que comprove que ele será capaz de conseguir apoio no Congresso para aprovar medidas para equilibrar as contas públicas.
A votação que definirá se a presidente deixa o cargo definitivamente deve acontecer até quarta-feira (31).
Atuação do BC
Nesta sessão, o Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio. Ao todo, foram vendidos 10 mil swaps reversos, contratos que equivalem à compra futura de dólares.
Também influenciou a cotação da moeda a briga pela formação do dólar Ptax, taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais. No fim de cada mês, operadores costumam tentar deslocar essa taxa para cima ou para baixo, buscando favorecer seus negócios.
Juros nos EUA
No exterior, investidores estavam cautelosos antes da divulgação de dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, o que pode trazer novas indicações sobre quando os juros no país poderão subir.
Na sessão anterior, declarações de autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) recolocaram sobre a mesa a possibilidade de alta nos juros no mês que vem.
"A cautela predomina porque é uma semana de eventos muito importantes", disse à agência de notícias Reuters o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em países onde as taxas são maiores, como o Brasil.
(Com Reuters)
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