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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

10 fundos imobiliários com maior retorno de dividendos em 2021

24/12/2021 04h00

O ano de 2021 foi um ano em que a inflação venceu tanto os investimentos de baixo risco quanto os de alto.

Os preços de produtos e serviços no Brasil subiram cerca de 10%. As aplicações de renda fixa dificilmente superaram esse valor, e o Ibovespa, principal indicador do mercado de ações, acumulava queda de 11% no ano (até o dia 22 de dezembro).

Mas quem investiu em determinados fundos de investimento imobiliário (FII) acabou tendo um retorno em proventos muito acima de 10%, chegando em alguns casos a mais de 18%.

Veja a lista dos 10 fundos imobiliários que distribuíram os maiores rendimentos aos investidores em 2021, seguida de um comentário meu. Os números foram levantados pela Economatica.

  1. Urca Prime Renda (URPR11): +18,29%
  2. SP Downtown (SPTW11): +17,93%
  3. Habit II (HABT11): +15,59%
  4. Devant Recebíveis: +15,02%
  5. Hectare (HCTR11): +14,99%
  6. Arctium (ARCT11): +14,61%
  7. Barigui (BARI11): +13,59%
  8. Kinea Securities (KNSC11): +13,37%
  9. Kinea High Yield (KNHY11): +13,09%
  10. VBI CRI (CVBI11): +12,97%

Como ler esses rendimentos

Algumas pessoas cometem erros na leitura dos rendimentos de fundos imobiliários e por isso acabam fazendo maus negócios e perdendo um dinheiro desnecessariamente.
Então veja esta explicação se você está começando nessa modalidade de investimento.
Proventos são os valores que o investidor recebe mensalmente quando possui cotas de FIIs. Informalmente também são chamados de "dividendos", embora tecnicamente este termo só seja válido para ações.
O primeiro lugar da lista, Urca Prime, gerou um retorno de dividendos de 18,29% no ano. Isso significa que quem investiu, em dezembro de 2020, R$ 100 mil nesse fundo acabou recebendo, ao longo de 2021, um total de R$ 18.290 em depósitos na sua conta corrente, o que dá uma média de R$ 1.524 por mês.

O valor da cota

Além do rendimento de proventos, o FII pode gerar também um ganho ou perda por conta da variação do preço da cota. No caso do Urca Prime, para ficar no mesmo exemplo, cada cota do fundo estava custando cerca de R$ 130 em dezembro do ano passado. Atualmente, está em torno de R$ 109, ou seja, houve uma queda de 16%.
Um desavisado poderia olhar para o preço da cota hoje e pensar: "Ora, na prática eu não ganhei quase nada, pois o que recebi em proventos (18%) eu perdi no valor da cota".
Isso só seria verdade se a pessoa vendesse suas cotas de FII pelo preço atual. Mas ficar olhando o preço da cota depois de comprar o fundo não é uma boa estratégia. Só serve para gerar estresse e acabar tomando uma decisão errada.

Uma boa estratégia com FIIs

Em vez de acompanhar o preço da cota do seu FII, o melhor é acompanhar as informações e análises sobre ele. O fundo comprou ou vendeu mais algum imóvel? A taxa de vacância aumentou o diminuiu? Houve inadimplência dos inquilinos?
Se o preço da cota caiu, mas não ocorreu nenhum fato relevante que possa afetar o futuro do fundo, não há motivo para se preocupar. A ansiedade surge, sim, se você tiver investido sem muita convicção. Aí na primeira queda você já começa a pensar em vender. Quem nunca...?
Sim, eu também passei por isso algumas vezes e acabei fazendo maus negócios. Vendendo um fundo cedo demais, por falta de conhecimento sobre os fundamentos daquele ativo.
Se você não tem tempo para analisar os fundamentos, não tem problema. Quando a cota cair, vá atrás de quem recomendou aquele papel. Veja se o analista está revisando a recomendação ou se ele continua achando que é um bom negócio.
Dependendo da ocasião, o preço pode ter caído, mas os fundamentos do FII continuam inabaláveis. Pode ser o caso até de comprar mais cotas, ao invés de vendê-las. Apenas não se esqueça que a decisão de vender um fundo imobiliário deve estar mais baseada nos fundamentos do ativo e em dados macroeconômicos do que na variação do preço do papel.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.