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Conheça os 3 melhores investimentos para se aposentar com R$ 5.000 por mês

Se você investe seu dinheiro com objetivo de aposentadoria e está confuso diante de tantas aplicações que existem no mercado, não se preocupe. Atualmente, é possível montar uma excelente carteira de longo prazo com apenas três tipos diferentes de ativo.

Veja abaixo quais são eles e quanto você precisaria ter, em cada um deles, para ter uma renda de R$ 5.000 por mês hoje.

Risco baixo: Tesouro IPCA

Para quem quer correr o menor risco possível, o Tesouro Direto é a melhor opção. Entre os títulos do Tesouro Direto, o mais adequado para aposentadoria é o Tesouro IPCA. Esse papel corrige o seu dinheiro pela inflação e ainda paga uma taxa de juros.

Existem hoje seis opções diferentes do Tesouro IPCA, cada uma com uma data de vencimento diferente. Se você está na fase de juntar dinheiro, basta escolher o que tiver a data de vencimento mais próxima do ano em que você quer começar a usufruir da renda. Por exemplo, se você quer se aposentar em 2050, escolha o Tesouro IPCA 2045.

Já se você estiver no momento de usufruir dos rendimentos, o ideal é pegar o Tesouro IPCA com juros semestrais, que tem três opções diferentes de data de vencimento.

Atualmente, é preciso ter cerca de R$ 1,2 milhão no Tesouro IPCA para obter uma renda média de R$ 5.000 por mês, já descontado o Imposto de Renda e a inflação.

É importante você saber que, se está investindo para a aposentadoria, é fundamental considerar a rentabilidade real, ou seja, quanto você vai ganhar acima da inflação. Por isso a vantagem de investir no Tesouro IPCA, que já define quanto você vai ganhar em juros acima da inflação.

Risco médio: fundos imobiliários

Se você está disposto a correr um risco médio, de forma controlada, a opção ideal são os fundos de investimento imobiliário (FIIs). Esse tipo de ativo paga uma renda mensal ao investidor. Atualmente, existem diversos fundos desse tipo com rentabilidade em torno de 9% ao ano.

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Nesse cenário, seria preciso ter cerca de R$ 700 mil investidos para receber uma renda de R$ 5.000 por mês.

No caso dos fundos imobiliários, não é preciso descontar a inflação, pois a receita dos FIIs, em geral, provém de contratos que já são reajustados todos os anos. Os fundos imobiliários nada mais são, em sua maioria, do que grupos de imóveis que estão alugados. Ao investir em um fundo, você se torna dono de uma fração desses imóveis e passa a receber, todos os meses, uma parte da receita deles com os aluguéis.

O principal risco desse tipo de fundo é de que ele não consiga manter uma boa renda junto aos locatários. Isso pode acontecer, por exemplo, se os imóveis que pertencem ao fundo sofrerem algum dano significativo ou se cair a demanda por aqueles espaços.

Risco alto: ações

As ações das empresas negociadas na Bolsa de Valores são o investimento de maior risco entre os citados aqui. Isso quer dizer que, nesse mercado, você pode ter uma rentabilidade muito maior do que nos demais, mas também tem chance de ganhar pouco ou até perder.

Por exemplo, em uma coluna recente, mostrei cinco ações que estão com um retorno em dividendos acima da taxa básica de juros, a Selic. Na média, essas ações estão com um retorno em dividendos de nada menos do que 16,3% ao ano. Assim, seria preciso ter apenas R$ 370 mil nesses papéis para receber uma renda média de R$ 5.000 por mês.

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No entanto, esses casos são exceções. Entre as empresas mais negociadas da Bolsa, a mediana do retorno em dividendos está hoje em 5,4% ao ano. Com essa rentabilidade, seria preciso ter R$ 1,1 milhão em ações para obter uma renda média de R$ 5.000 por mês. Aqui estou considerando apenas ações que giram mais de R$ 1 milhão por dia na Bolsa.

A vantagem de investir em ações para aposentadoria é que, a longo prazo, elas têm um alto potencial de valorização. Se forem bem escolhidas, elas tendem a gerar uma renda muito maior no futuro, em comparação com os FIIs e com o Tesouro.

A desvantagem é o risco e a complexidade desse mercado. Se você não estiver muito seguro de que escolheu boas ações, provavelmente na primeira queda você vai querer vendê-las, realizando um prejuízo. Se for investir em ações, o ideal é seguir as recomendações de analistas de investimentos.

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Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.

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