Descubra em quanto tempo você juntaria o valor do prêmio do BBB 24
O BBB 24 termina nessa terça-feira (16), e o vencedor deve receber um prêmio em torno de R$ 3 milhões. Quer saber em quanto tempo você conseguiria juntar esse patrimônio, investindo em diversas aplicações financeiras?
Na coluna de hoje eu mostro quantos anos uma pessoa levaria para acumular esse patrimônio, investindo R$ 300, R$ 1.000 ou R$ 5.000 por mês.
Todos os cálculos deste texto consideram o cenário atual de inflação e juros e descontam o Imposto de Renda, quando há.
Na poupança
Aplicando R$ 300 por mês na poupança, uma pessoa levaria 56 anos para acumular a quantia de R$ 3 milhões.
O problema é que, com a inflação, uma quantia de R$ 3 milhões não teria tanto valor assim daqui a 56 anos.
Por isso, é importante que o investidor acumule dinheiro não só para chegar aos R$ 3 milhões, como também para corrigir a inflação do período.
Nesse caso, o investidor demoraria nada menos do que 99 anos para chegar a um valor equivalente ao que são R$ 3 milhões hoje.
Se o investimento mensal for de R$ 1.000, o tempo necessário é de 40 anos, sem corrigir pela inflação, ou 66 anos corrigindo.
Já para aportes mensais de R$ 5.000, o tempo necessário seria de 21 anos sem correção inflacionária ou 29 com correção.
No Tesouro Direto
Um investimento mais seguro e mais rentável do que a poupança é o Tesouro Direto.
Considerando a rentabilidade atual do Tesouro Selic, que é o título mais conservador do Tesouro Direto, seriam necessários 49 anos aportando R$ 300 mensais para se chegar aos R$ 3 milhões. Se quisermos corrigir pela inflação, o tempo de aportes sobe para 76 anos.
Com investimentos de R$ 1.000 por mês, o tempo necessário seria de 36 anos sem corrigir a inflação, ou de 53 anos corrigindo.
Por fim, com aportes de R$ 5.000 por mês, seriam necessários 19 anos para juntar R$ 3 milhões, ou 25 anos com correção da inflação.
Em um CDB
Se tomarmos como exemplo um CDB que pague 120% do CDI, que é uma boa rentabilidade atualmente, são necessários 43 anos para se chegar aos R$ 3 milhões com aportes de R$ 300 por mês.
Corrigindo pela inflação, o tempo necessário sobe para 63 anos, considerando esse mesmo valor de aportes mensais.
Aumentando os investimentos mensais para R$ 1.000, é preciso aplicar por 32 anos para se chegar aos R$ 3 milhões, ou 44 anos corrigindo pela inflação.
Com aportes de R$ 5.000 por mês, chega-se aos R$ 3 milhões em 18 anos com esse CDB hipotético, e 22 anos se for corrigir pela inflação.
Em fundos imobiliários
Investindo em fundos de investimento imobiliário (FIIs), é possível alcançar o valor de R$ 3 milhões bem mais rápido do que nas outras aplicações citadas acima, mas o risco também é mais alto.
Com aportes de R$ 300 por mês, pode-se alcançar o valor em 36 anos, sem corrigir pela inflação, ou em 47, fazendo a correção.
Subindo o valor dos aportes para R$ 1.000, chega-se aos R$ 3 milhões em 27 anos, ou em 34, corrigindo pela inflação.
Investindo R$ 5.000 por mês, você junta o valor em 15 anos, ou em 34, com a correção inflacionária.
No entanto, o rendimento dos FIIs é bem menos previsível do que o da poupança, do Tesouro e do CDB.
Essa projeção leva em conta a rentabilidade média atual dos FIIs mais negociados do setor de logística. Apenas saiba que essa rentabilidade pode não se manter no futuro, podendo ser menor ou até maior.
Além disso, os cálculos consideram que você reinvista todos os rendimentos que receber dos fundos imobiliários ao longo dos anos de aportes.
Atualize pela inflação
Sempre que você for juntar dinheiro a longo prazo, é importante você atualizar o valor dos seus aportes pela inflação.
Por exemplo, se você começou investindo R$ 1.000 por mês, e a inflação depois de 12 meses ficar em 10%, você passa a aportar R$ 1.100 a partir do 13º mês, e assim por diante.
As simulações desta coluna, que consideram a correção inflacionária, pressupõem que o investidor faça esse reajuste uma vez por ano.
Alguma dúvida?
Tendo alguma dúvida sobre investimentos, me siga no Instagram e envie sua pergunta por lá!
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.