Com R$ 1.000 em ações, FIIs e Tesouro, quanto ganho na conta todos os anos?
Grandes empresas que fazem parte do índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, vão pagar R$ 46 bilhões em dividendos só em agosto. Dentre elas estão Petrobras (PETR3 e PETR4), Banco do Brasil (BBAS3), Weg (WEGE3) e Klabin (KLBN11).
Isso enche os olhos de muitos investidores, principalmente aqueles que gostam de ter uma renda passiva caindo todos os meses na conta.
"Existe um investidor que gosta de aplicar somente em ações que pagam bons dividendos", diz Orleans Martins, chefe do TC LABs, da consultoria TC Economatica.
Mas não são só as empresas abertas que pagam proventos. Os fundos de investimento imobiliário (FIIs) também dividem parte de seu lucro com os participantes. Há ainda títulos do Tesouro Nacional que pagam o lucro a cada ano ou a cada seis meses.
Então, a pergunta é: quanto entrou de dinheiro no bolso do investidor no último ano se ele aplicou R$ 1.000 em ações que pagam dividendos, com os proventos dos fundos imobiliários do Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) da B3, ou no Tesouro Direto? Qual aplicação rende mais?
Considerando apenas os dividendos, a TC Economatica fez o cálculo e comparou, no último mês (julho), a taxa de retorno médio do último ano das ações do índice Bovespa (IBOV), do Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX B3) e o Tesouro Direto.
Na Bolsa, a Economatica usa o DY das ações do Ibovespa, que significa o Dividend Yeld, ou seja, quanto as empresas que estão no índice Ibovespa pagam em cima do preço de suas ações.
Confira quanto cada um rendeu:
- DY do Ibovespa - 10,1%
- IFIX - 10,6%
- Tesouro Direto (NTN-B 2023) - 7,07%
- Tesouro Direto (NTN-B 2035) - 5,90%
Portanto, os R$ 1.000 renderam no último ano até julho, apenas em dividendos:
- DY do Ibovespa - R$ 101
- IFIX - R$ 106
- Tesouro Direto (NTN-B 2023) - R$ 70,7
- Tesouro Direto (NTN-B 2035) - R$ 59
Mesmo com pouca diferença, os fundos imobiliários trazem mais vantagens, se considerarmos apenas o rendimento proveniente de dividendos, sem levar em conta a variação da ação, segundo Martins.
Isso porque, com a alta de juros perto do fim e a inflação negativa dos últimos dois meses, os investidores voltaram a investir em fundos imobiliários recentemente. Nos últimos 30 dias, o Ifix teve alta de 5,08%.
"Realmente, com a sinalização do Banco Central de que o aperto monetário está no fim, voltou o otimismo com relação principalmente aos fundos de tijolo", diz Gabriel Teixeira, analista de fundos de investimento imobiliário da Ativa Investimentos. Fundos de tijolo são os fundos que compram as propriedades já construídas e prontas, a fim de alugar ou obter valorização desses imóveis no futuro. Geralmente, são comprados lajes de escritórios e shopping centers.
Para ele, mesmo que o objetivo do investidor sejam os dividendos, ainda assim é boa hora para investir. "Eles também vão voltar, não nos patamares de dividendos que alguns fundos estavam entregando antes da pandemia", diz o analista.
Qual foi a média de pagamentos dos últimos anos? Esses pagamentos foram especialmente altos em julho. A média de pagamento dos últimos 10 anos é bem menor, segundo cálculo da Economatica. O recorde dos dividendos de fundos imobiliários foi em 2017. Já o pagamento de dividendos em cima das ações do Ibovespa está em seu recorde histórico.
Confira quanto renderam, em média, esses investimentos nos últimos 10 anos, apenas considerando os dividendos:
- DY do Ibovespa - 4,12%
- IFIX - 7,59%
- Tesouro Direto (NTN-B 2023) - 4,66%
- Tesouro Direto (NTN-B 2035) - 5,17%
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