Novo gasoduto entre Rússia e Alemanha gera discussão em cúpula europeia
Bruxelas, 18 dez 2015 (AFP) - O projeto anunciado pelo gigante russo de gás Gazprom de construir um novo gasoduto entre Rússia e Alemanha provocou nesta sexta-feira um "debate vigoroso" carregado "de emoção" durante uma cúpula europeia, onde vários países criticam Berlim pelo projeto, afirmou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
Em coletiva de imprensa, Tusk afirmou que "vários líderes" europeus levantaram esse tema, que segundo ele foi discutido de forma "vigorosa" durante a cúpula, uma "discussão com muita emoção".
Um desses líderes foi o italiano Matteo Renzi, que dirigiu suas críticas à colega alemã Angela Merkel.
"A amizade e o respeito que tenho pela chanceler alemã não impede de fazer perguntas", disse Renzi.
"Disse que queria que fosse discutido, e foi uma bela discussão, muito interessante", acrescentou.
A Gazprom anunciou em setembro a criação de um consórcio com os grupos alemães BASF e E.ON, o francês Engie, o austríaco OMV e o anglo-holandês Shell para trabalhar no projeto Nord Stream 2, um gasoduto entre a Rússia e a Alemanha destinado a aumentar a chegada do gás russo à UE.
Esse projeto foi anunciado mais de um ano depois da suspensão do projeto South Stream, no qual participavam o italiano ENI, o francês EDF e o alemão Wintershall.
Em junho de 2014, a Comissão Europeia pediu à Bulgária suspender a construção do gasoduto "até que esteja conforme o direito europeu" no que se refere às regras sobre as licitações públicas.
Essa decisão aconteceu em plena crise entre a UE e a Rússia por causa da Ucrânia. Com o gasoduto South Stream, a UE evitava que o gás transitasse pela Ucrânia, uma medida em contradição com o apoio diplomático a Kiev em relação a Moscou.
Para evitar que haja novos "erros" sobre a legislação europeia, os dirigentes expressaram em suas conclusões da cúpula que "toda nova infraestrutura [energética] deve cumprir os requisitos do terceiro pacote energético [da UE] e toda a legislação aplicável na UE assim como os objetivos da União Energética".
O projeto anunciado em setembro permitiria aumentar as capacidades do atual North Stream, gasoduto em operação desde 2011, reduzindo o trânsito do gás pela Ucrânia.
Por outro lado, o bloco europeu não contribuiria para a diversificação do fornecimento energético, um dos objetivos da União Energética.
Nesta sexta, a UE prorrogou por seis meses as sanções adotadas contra a Rússia por sua implicação na crise ucraniana, medida que a Itália vem bloqueando a última semana à espera desse debate sobre o Nord Stream com seus colegas.
A Comissão Europeia deve pronunciar-se agora sobre os aspectos legais do projeto anunciado pela Gazprom.
Em coletiva de imprensa, Tusk afirmou que "vários líderes" europeus levantaram esse tema, que segundo ele foi discutido de forma "vigorosa" durante a cúpula, uma "discussão com muita emoção".
Um desses líderes foi o italiano Matteo Renzi, que dirigiu suas críticas à colega alemã Angela Merkel.
"A amizade e o respeito que tenho pela chanceler alemã não impede de fazer perguntas", disse Renzi.
"Disse que queria que fosse discutido, e foi uma bela discussão, muito interessante", acrescentou.
A Gazprom anunciou em setembro a criação de um consórcio com os grupos alemães BASF e E.ON, o francês Engie, o austríaco OMV e o anglo-holandês Shell para trabalhar no projeto Nord Stream 2, um gasoduto entre a Rússia e a Alemanha destinado a aumentar a chegada do gás russo à UE.
Esse projeto foi anunciado mais de um ano depois da suspensão do projeto South Stream, no qual participavam o italiano ENI, o francês EDF e o alemão Wintershall.
Em junho de 2014, a Comissão Europeia pediu à Bulgária suspender a construção do gasoduto "até que esteja conforme o direito europeu" no que se refere às regras sobre as licitações públicas.
Essa decisão aconteceu em plena crise entre a UE e a Rússia por causa da Ucrânia. Com o gasoduto South Stream, a UE evitava que o gás transitasse pela Ucrânia, uma medida em contradição com o apoio diplomático a Kiev em relação a Moscou.
Para evitar que haja novos "erros" sobre a legislação europeia, os dirigentes expressaram em suas conclusões da cúpula que "toda nova infraestrutura [energética] deve cumprir os requisitos do terceiro pacote energético [da UE] e toda a legislação aplicável na UE assim como os objetivos da União Energética".
O projeto anunciado em setembro permitiria aumentar as capacidades do atual North Stream, gasoduto em operação desde 2011, reduzindo o trânsito do gás pela Ucrânia.
Por outro lado, o bloco europeu não contribuiria para a diversificação do fornecimento energético, um dos objetivos da União Energética.
Nesta sexta, a UE prorrogou por seis meses as sanções adotadas contra a Rússia por sua implicação na crise ucraniana, medida que a Itália vem bloqueando a última semana à espera desse debate sobre o Nord Stream com seus colegas.
A Comissão Europeia deve pronunciar-se agora sobre os aspectos legais do projeto anunciado pela Gazprom.
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