Contra brinquedo chinês, indústria nacional importa peças do Mercosul
A indústria nacional de brinquedos está importando peças dos países do Mercosul na tentativa de baratear os produtos nacionais. A medida tem ajudado o setor a combater a concorrência com os produtos chineses. Em 2012, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), as importações da China tiveram queda de 3,8%.
A medida faz parte do programa de complementação industrial acordado pelo país com Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, que começou a ser colocado em prática em 2010.
"Comprar as peças é mais barato do que fabricar no Brasil", diz o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista da Costa.
Entre as peças e componentes que têm sido importados estão cabeças de boneca fabricadas no Paraguai e cabelos de boneca da Argentina.
Com a intensificação da importação dos países do Mercosul, os brinquedos brasileiros devem ficar cerca de 2,5% mais em conta para o consumidor final, segundo a Abrinq.
Segundo Costa, a importação dos componentes aumenta a produtividade da indústria nacional, porque "libera" as empresas para se dedicar a etapas mais sofisticadas da produção, como a montagem dos produtos.
Dados da Abrinq mostram que a indústria nacional de brinquedos empregava 27.100 pessoas em dezembro de 2012. Em dezembro de 2010, eram 24.687.
Importações da China caíram 3,8%
Os produtos chineses representam quase 60% dos brinquedos vendidos no Brasil. No ano passado, segundo Costa, as importações daquele país tiveram queda de 3,8%. "Isso deu um fôlego importante para a indústria nacional", diz.
Para 2013, a expectativa é que a redução chegue a 5%.
O presidente da Abrinq diz que a desoneração da folha de pagamento também beneficiou o setor. A economia de 35% no gasto com o INSS resultou em uma queda de 0,7% no preço final dos brinquedos.
Feira apresenta mais de 1.700 lançamentos
Nesta terça-feira, começa em São Paulo a Abrin 2013 - Feira Brasileira de Brinquedos. Mais de 1.700 lançamentos serão levados à feira por 180 expositores.
A indústria nacional de brinquedos espera faturar, em 2013, R$ 4,3 bilhões. O montante representaria um crescimento de 12% em relação ao faturamento de 2012.
Atualmente, segundo Costa, a maior parte dos brinquedos vendidos no país custa entre R$ 30 e R$ 100.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.