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Ministro descarta socorro do governo a empresas de Eike

Do UOL, em São Paulo

03/07/2013 17h21Atualizada em 03/07/2013 17h44

O governo federal não está considerando nenhum tipo de auxílio às companhias do grupo EBX, do empresário Eike Batista, disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, nesta quarta-feira (3). O ministro participou de uma entrevista coletiva sobre a situação das usinas térmicas.

As empresas do bilionário enfrentam uma séria crise de confiança no mercado e grandes perdas na Bolsa de Valores. 

No fim de junho, quando começou a onda de protestos populares pelo Brasil, o jornal britânico "Financial Times" afirmou  que, com o povo nas ruas clamando por ética na política, vai ser mais difícil o governo brasileiro usar o dinheiro dos impostos para socorrer Eike Batista, se suas perdas persistirem.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou que está investigando a petrolífera OGX (OGXP3) para verificar se houve falhas na divulgação de informações sobre as reservas de petróleo da companhia.

Na segunda-feira (1º) a empresa anunciou a redução nos planos de desenvolvimento da produção. Segundo a petroleira, os três poços no campo de Tubarão Azul podem cessar a produção em 2014, devido à falta de tecnologia disponível.

Com isso, as principais agências de risco do mundo rebaixaram a nota da petrolífera para níveis próximos ao de empresas em situação de calote. 

A empresa de gestão de risco Kamakura listou a OGX a terceira empresa do mundo com maiores ameaças de calote aos credores. Vários bancos também reduziram sua expectativa de preço para a ação da OGX --o Deutsche Bank estimou que o papel vai valer R$ 0,10 no prazo de um ano.

US$ 1 bilhão

Em um comunicado enviado ao mercado, a OGX afirma que terá recursos para honrar seus compromissos no médio prazo. A empresa afirmou ainda que, na medida em que seja necessário, Eike Batista pode injetar até US$ 1 bilhão para honrar os compromissos futuros.

"A companhia acredita que não obstante o desembolso atual, a perspectiva do recebimento do valor devido pela cessão de uma participação de 40% nos Blocos BM-C-39 e BM-C-40 tem condições de assegurar recursos necessários para que possa honrar com os seus compromissos de médio prazo", disse em nota, após questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

(Com Reuters)