Economia do país cresce 0,89% no 2º trimestre, diz Banco Central
A economia do Brasil teve crescimento de 1,13% em junho em comparação com maio, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (15) pelo Banco Central (BC). No 2º trimestre, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve alta de 0,89%, na comparação com o 1º trimestre.
Em maio, de acordo com o BC, a economia do país havia registrado a pior queda desde dezembro de 2008, quando o indicador recuou 4,31%.
O índice é elaborado mensalmente pelo BC e é considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) --que é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a cada trimestre e leva a um resultado anual.
O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB, e serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
No primeiro trimestre, por exemplo, o PIB cresceu apenas 0,6% em relação ao trimestre anterior, segundo o IBGE. Isso é metade do que mostrava o IBC-Br (alta de 1,22%). Em entrevista, um diretor do BC justificou a diferença, dizendo que o IBC-Br não tem a pretensão de medir o PIB, apesar de o mercado o usar como um balizamento.
O IBGE divulga os dados sobre o PIB do segundo trimestre no próximo dia 30.
PIB do 2º tri deve vir melhor que no 1º tri
"O número [do IBC-Br] sugere uma expansão de 0,9% no segundo trimestre ante o trimestre anterior", afirmou o Espírito Santo Investment Bank em nota assinada pelo economista-chefe Jankiel Santos e pelo economista sênior Flávio Serrano, referindo-se ao crescimento do PIB medido pelo IBGE.
"O problema é que o IBC-Br tem superestimado a performance da produção brasileira desde o terceiro trimestre de 2012. Portanto, mantemos nossa visão cautelosa em relação ao PIB e estimamos crescimento de 0,8% no período", acrescentam os economistas na nota.
Esse resultado esperado ainda seria melhor do que a expansão de 0,6% verificada pelo IBGE nos três primeiros meses do ano sobre o trimestre anterior.
Outros economistas também veem no número divulgado nesta manhã um indicativo de que o crescimento do PIB a ser anunciado pelo IBGE será maior do que no primeiro trimestre.
Previsões de crescimento da economia têm queda
A baixa confiança tem sido um dos principais problemas para uma retomada da economia neste ano, agravada recentemente pelas manifestações que pararam várias cidades no Brasil, em meio à própria fraqueza da atividade e ao cenário de inflação elevada.
Entre os vários setores, tanto a confiança do consumidor quanto da indústria tiveram em julho o menor nível desde 2009, e o governo já avalia que o terceiro trimestre deve ter desempenho econômico aquém do visto entre abril e junho.
O governo reduziu, no final de julho, a previsão de crescimento da economia neste ano de 3,5% para 3%.
Economistas de instituições financeiras reduziram nesta segunda-feira (12) a expectativa para a economia neste ano, prevendo a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,21% neste ano, ante 2,24% anteriormente.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu no início de julho a estimativa de alta do PIB do país para 2,5%.
(Com Reuters e Valor)
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