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Cade recomenda que tribunal não aceite fusão entre Kroton e Anhanguera

Do UOL, em São Paulo

04/12/2013 09h07

A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou que o tribunal do mesmo órgão não aceite, nos termos propostos, o processo de fusão entre as empresas de educação Kroton (KROT3) e Anhanguera (AEDU3).

Trata-se das duas maiores companhias de ensino privado do país, que, juntas, criariam uma gigante mundial no setor, com valor de R$ 13 bilhões. O negócio foi anunciado no final de abril.

O órgão diz estar preocupado com a situação de concorrência depois da operação que pode criar a maior empresa do setor no mundo.

Em comunicado ao mercado, as empresas afirmaram que tentarão buscar uma solução negociada para que a união das companhias seja aprovada pelo tribunal do Cade, que não está vinculado ao parecer emitido pela superintendência geral do órgão.

A fusão será submetida ao tribunal do Cade nos próximos dias para que avalie "eventuais remédios, impostos ou via de acordo com as partes, que solucionem os problemas concorrenciais identificados", afirmaram as empresas.

Cade avalia concentração de mercado

A recomendação ocorreu depois que, em meados de outubro, o Cade considerou a união como complexa e determinou uma análise mais profunda da operação.

Segundo Kroton e Anhanguera, no cenário municipal as recomendações do parecer indicam que uma eventual restrição no segmento de ensino presencial representaria 2,7% do total de alunos das companhias na graduação presencial. No segmento de ensino à distância, haveria "necessidade de intervenção em 171 mercados/cursos, localizados em 55 municípios distintos".

O parecer afirma que haveria "um total de 51.150 alunos (das empresas) nesses mercados", sendo 26.964 alunos da Anhanguera e 23.996 alunos da Kroton, o que representa, respectivamente, 6,9% e 6,2% do total de alunos de ambos os grupos em graduação à distância.

Já do ponto de vista nacional, o parecer identificou elevado grau de concentração no ensino à distância com a união das companhias.

(Com Reuters)