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Agência de risco rebaixa nota de longo prazo da União Europeia

Do UOL, em São Paulo

20/12/2013 09h31Atualizada em 20/12/2013 10h52

A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) reduziu a nota de crédito de longo prazo da União Europeia (UE), de "AAA" para "AA+", nesta sexta-feira (20).

O rebaixamento foi justificado pelas "crescentes tensões quanto às negociações do orçamento". A decisão sucede o rebaixamento de notas de países-membros da UE nos últimos meses.

"Em nossa opinião, a classificação de crédito geral dos atuais 28 países-membros da UE diminuiu", informou a S&P em comunicado. "Em nossa visão, as negociações orçamentárias se tornaram mais acirradas, sinalizando o que consideramos ser riscos crescentes ao apoio da UE provenientes de alguns países-membros".

A S&P informou que a coesão entre os membros do grupo diminuiu e que alguns podem se recusar a financiar o orçamento do bloco em uma base proporcional.

A agência vinha mantendo uma perspectiva negativa para a UE desde janeiro de 2012, e, desde então, reduziu as notas da dívida pública da França, Itália, Espanha, Malta, Eslovênia, Chipre e Holanda.

Agências de risco falharam na crise

As agências de classificação de risco, que dão notas para países, empresas e negócios, determinando sua suposta credibilidade financeira, foram muito criticadas por terem falhado na crise global de 2008/2009.

Elas deram boas notas para operações de vendas de hipotecas imobiliárias nos EUA que afundaram bancos e investidores e geraram a grande crise financeira.

O rating, ou classificação de risco, refere-se ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, um país, um título ou uma operação financeira.

Ele busca mensurar a probabilidade de calote de obrigações financeiras, ou seja, o não-pagamento, incluindo-se atrasos e ou falta efetiva do pagamento.

O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião supostamente independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado. (Com Reuters)