BC dos EUA corta programa de estímulo para US$ 55 bi mensais e mantém juros
Do UOL, em São Paulo
O Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), anunciou nesta quarta-feira (19) um novo corte no pacote de estímulos econômicos: desta vez, para US$ 55 bilhões ao mês. A decisão era bastante aguardada por investidores do mundo todo.
Essa foi a primeira reunião do Fed sob o comando de Janet Yellen, que assumiu o banco central em 1º de fevereiro.
Inicialmente, o Fed injetava US$ 85 bilhões por mês nos mercados. Esse valor foi reduzido duas vezes: em dezembro, para US$ 75 bilhões e, novamente em janeiro, para US$ 65 bilhões.
O Fed repetiu que planeja continuar reduzindo os estímulos em "passos graduais" desde que as condições do mercado de trabalho continuem melhorando e a inflação mostre sinais de voltar para a meta de 2% do Fed.
A decisão reduz ainda mais a quantidade de dólares em circulação no mundo, e faz a moeda ficar mais cara.
Além disso, sem essa enxurrada de dólares, os investidores tendem a preferir opções consideradas mais seguras, e tirar recursos de países emergentes, como o Brasil.
Juros continuam baixos
Outra expectativa dos investidores era de que o Fed indicasse quando deve começar a elevar os juros. Segundo o banco, a taxa de desemprego não será mais um termômetro definitivo para avaliar a força da economia, e deixou claro que vai depender de série mais ampla de medidas para decidir quando elevar os juros.
Ao mesmo tempo, informou que abandonar a promessa de manter os juros até "bem depois" de a taxa de desemprego cair abaixo de 6,5% não indica qualquer mudança nas intenções do Fed.
"O comitê atualmente espera que, mesmo depois de o emprego e a inflação estarem perto de níveis consistentes com o mandato, as condições econômicas podem, por algum tempo, justificar a manutenção da taxa de juros abaixo dos níveis que o comitê vê como normais no longo prazo", informou o Fed após reunião de dois dias.
(Com Reuters)