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Importações superam exportações em US$ 6 bilhões no 1º trimestre

Do UOL, em São Paulo

01/04/2014 15h06Atualizada em 01/04/2014 16h23

As importações brasileiras superaram as exportações em US$ 6,072 bilhões no acumulado dos três primeiros meses deste ano, de acordo com informações divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesta terça-feira (1º). 

Considerando apenas o mês de março, o Brasil exportou mais, e o resultado ficou positivo em US$ 112 milhões. Foi o menor saldo positivo para o mês desde 2001.

Em fevereiro, as importações tinham superado as exportações em US$ 2,125 bilhões, o pior resultado para o mês desde 1995. Em janeiro, o saldo negativo tinha sido recorde, de US$ 4,057 bilhões.

Os dados levaram o Banco Central a reduzir sua previsão de superavit comercial para o ano, de US$ 10 bilhões para US$ 8 bilhões.

Exportações superam importações em março

As exportações em março somaram US$ 17,628 bilhões. O valor é 4% menor do que o registrado em março do ano passado, e 16,5% maior do que em fevereiro deste ano.

As importações foram de US$ 17,516 bilhões em março deste ano, queda de 3,8% em relação a março do ano passado e crescimento de 2,1% sobre fevereiro deste ano.

Importações da Argentina caem 22% no trimestre ante 2013

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o volume de produtos importados do Mercosul caiu 18,6%, com destaque para as importações argentinas, que recuaram 22,3%, por conta principalmente de trigo em grão, naftas, gás e automóveis, entre outros.

Também comparando com o primeiro trimestre de 2013, as importações brasileiras subiram apenas na relação com duas outras regiões: a Ásia e a África.

Só as importações chinesas para o Brasil subiram 8,7%, impulsionando uma alta de 8,3% na relação com o continente asiático. O Brasil aumentou a importação, principalmente, de laminados planos, circuitos impressos e brinquedos.

Da África, o país importou mais paládio, cacau, ferro-ligas, naftas, polímeros plásticos, petróleo e inseticidas, o que causou um aumento de 5,7% nas importações.

As importações provenientes da Europa Oriental caíram 12,4%; da América Latina e Caribe, exceto Mercosul, recuaram 7,8%. Também diminuíram as importações da União Europeia (-4,9%)) e Estados Unidos (-3,5%).

A China é o país de quem o Brasil mais importa bens, seguida, na ordem, por Estados Unidos, Alemanha, Argentina e Coreia do Sul.

Brasil exporta menos para Europa e África, e mais para Ásia no trimestre

No acumulado dos três primeiros meses do ano, o Brasil exportou 16,8% menos para a Europa Oriental, por causa da diminuição do envio de itens como óxidos e hidróxidos de alumínio, motores para veículos, tripas e buchos de animais e aviões, entre outros.

A exportação para o Oriente Médio também caiu, recuando 15,1%, com diminuição no volume de soja em grão, trigo em grão, óleo de soja, fumo em folhas, entre outros.

A exportação para a União Europeia caiu 13,3% entre janeiro e março, com menos volume exportado de milho em grão, semimanufaturados de ferrço e aço, trigo em grão, entre outros itens.

Em relação ao Mercosul, a queda nas exportações brasileiras foi de 8,5% no trimestre. Só para a Argentina, as exportações caíram 14,4% no período. Entre os produtos exportados que mais pesaram para a queda, segundo o Ministério, estão óleos combustíveis, minério de ferro, motores para veículos, autopeças e automóveis, entre outros.

As exportações para a Ásia, por sua vez, cresceram 11,9%, com destaque para a China, onde a absorção de produtos brasileiros cresceu 22,1%, principalmente por causa do minério de cobre, soja em grão e açúcar, entre outros.

As exportações também cresceram para os Estados Unidos, com alta de 8,8%, com alta no envio de alumínio, minério de ferro, óleos combustíveis, partes de motores e turbinas para aviação, entre outros.

A China configurou o maior destino para as exportações brasileiras, seguida pelos Estados Unidos, Argentina, Países Baixos e Japão, nesta ordem.

(Com Reuters)