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Saldo entre importação e exportação tem em janeiro pior mês desde 1994

Do UOL, em São Paulo

03/02/2014 15h10Atualizada em 03/02/2014 17h20

As importações brasileiras superaram as exportações em US$ 4,057 bilhões em janeiro, informou nesta segunda-feira (3) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 

O resultado da chamada balança comercial é o pior já registrado em um mês desde o começo da série histórica, em 1994.

O recorde anterior aconteceu no ano passado, também em janeiro, quando o resultado negativo foi de US$ 4,036 bilhões.

No mês passado, as exportações somaram US$ 16,027 bilhões. As vendas registraram forte queda de 26,6% em relação a dezembro pela média diária de embarques, enquanto na comparação com janeiro de 2013 houve ligeira alta de 0,4%.

Venda de produtos básicos puxa ligeiro aumento nas exportações

O ligeiro aumento nas exportações foram puxados pela venda de produtos básicos, que teve alta de 5,3% na média diária. 

Já a expansão na venda de produtos básicos foi impulsionada pela venda de petróleo em bruto (alta de 134,7%), farelo de soja (48,7%) e bovinos vivos (35,7%).

As exportações de petróleo do Brasil em janeiro somaram 1,7 milhão de toneladas, após um volume de 2,76 milhões de toneladas em dezembro e contra 735 mil toneladas no mesmo período do ano anterior, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulgados nesta segunda-feira (3).

Houve em janeiro queda nas vendas de semimanufaturados (queda de 5,8%) e manufaturados (queda de 2,6%).

Entre os semimanufaturados, o ferro fundido liderou com queda de 43,1%, seguido do ouro (42,6%) e alumínio bruto (39,5%). Já, entre os manufaturados, as principais quedas nas vendas foram do açúcar refinado (de 48,7%), etanol (46,7%) e automóveis de passageiros (27,4%).

Cresce importações de bens de consumo e de capital

Já as importações somaram US$ 20,084 bilhões em janeiro, alta de 5,4% frente a dezembro e de 0,4% em relação a janeiro do ano passado, pela média diária das operações. 
 
No mês, cresceram as importações de bens de consumo (8,8%), bens de capital (7,1%) e matérias-primas e intermediários (3,2%), enquanto caíram as compras de combustíveis e lubrificantes (19,1%).
 
Os cinco principais países fornecedores do Brasil em janeiro foram China (US$ 4,005 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,936 bilhões), Alemanha (US$ 1,277 bilhão), Argentina (US$ 981 milhões) e Índia (US$ 879 milhões).

No segmento bens de consumo, os principais aumentos foram observados nas importações de máquinas de uso doméstico, móveis, vestuário, objetos de adorno, produtos alimentícios, automóveis de passageiros e bebidas e tabacos.

Com relação a bens de capital, cresceram os seguintes itens: equipamento móvel de transporte, e partes e peças para bens de capital para indústria.

No segmento de matérias-primas e intermediários, aumentaram as aquisições de partes e peças de produtos intermediários, produtos minerais, acessórios de equipamento de transporte, matérias-primas para agricultura e produtos químicos/farmacêuticos.

No grupo dos combustíveis e lubrificantes, a retração ocorreu principalmente pela diminuição dos preços e das quantidades embarcadas de petróleo, gás natural, óleos combustíveis, gasolina e naftas.

Saldo em 2013 foi o pior em 13 anos

A diferença entre importações e exportações fechou 2013 com saldo positivo de US$ 2,561 bilhões. Apesar de positivo, foi o pior resultado em 13 anos. Em 2000, a balança comercial fechou o ano negativa em US$ 731 milhões.

O saldo de 2013 foi 87% menor que o de 2012 (US$ 19,396 bilhões). 

As exportações brasileiras totalizaram US$ 242,178 bilhões em 2013, queda de 1% ante 2012, enquanto as importações subiram 6,5%, para US$ 239,617 bilhões, pela média por dia útil, de acordo com dados do Ministério.

(Com Reuters e Valor)