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Rede popular de supermercados Econ pede recuperação judicial em SP

Sede do Econ Supermercados no bairro do Bom Retiro, localizado na região central de São Paulo - Divulgação
Sede do Econ Supermercados no bairro do Bom Retiro, localizado na região central de São Paulo Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

10/04/2014 19h41

A rede Econ Supermercados entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça de São Paulo, na tentativa de pagar dívidas com credores e funcionários.

A rede popular, fundada em 1999, possui 30 lojas na Grande São Paulo.

Nos últimos anos, a rede enfrenta uma crise financeira, que culminou na demissão de 150 funcionários em janeiro deste ano.

A recuperação judicial, antiga concordata, é uma opção para empresas que estão em crise, mas acreditam ter chances de sobreviver. 

A direção da rede tem até o fim da próxima semana para entregar a lista completa de credores, o relatório do fluxo de caixa e o balanço patrimonial, entre outros documentos, para a 1ª Vara de Falências do Foro Central Cível, em São Paulo, onde o pedido foi protocolado.

O pedido de recuperação judicial foi feito em 28 de março e publicado no diário eletrônico do Tribunal de Justiça de São Paulo em 2 de abril.

O processo será apreciado pelo juiz Daniel Costa, da 1ª Vara de Falências, que pode aceitar ou recusar o pedido. O valor da ação é de R$ 100 mil.

Lojas estão funcionando

No mês passado, o Econ demitiu 150 funcionários, sem pagar aviso prévio, férias, 13º salário, FGTS mais multa e seguro-desemprego, o que somaria mais de R$ 1 milhão, segundo denúncia do Sindicato dos Comerciários de São Paulo.

De acordo com Cybelle Guedes Campos, advogada do Econ, a empresa já está criando um plano de pagamento das dívidas que possui com credores, bancos e funcionários.

“Para pagar todas as dívidas arroladas, a empresa entrou com o pedido e já contratou um economista para bolar um plano que prevê o pagamento das dívidas”, diz.

Ainda segundo a advogada, todas as lojas da rede de supermercados continuam funcionando.

O UOL tentou contato na loja central do Econ, em São Paulo, mas ninguém atendeu.