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Após inflação de 0,92% em março, economistas sobem previsão pela 6ª semana

Do UOL, em São Paulo

14/04/2014 08h41

Depois de a inflação no mês de março ter batido recorde, os economistas consultados pelo Banco Central (BC) subiram pela sexta semana seguida suas projeções para a alta dos preços.

A previsão passou de uma alta de 6,35% para avanço de 6,47% no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo), o indicador oficial de inflação.

Na semana passada, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou inflação de 0,92% em março, a mais alta para o mês desde 2003.

A meta do governo é controlar a inflação em 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo --ou seja, aceitando que os preços subam entre 2,5% e 6,5%.

Os economistas também foram consultados em relação a outros indicadores. A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) subiu de 1,63% para 1,65%. A perspectiva para a taxa de câmbio foi mantida em R$ 2,45.

A previsão para a taxa básica de juros, a Selic, também não foi alterada, e ficou em 11,25%.

Em sua última reunião, o Banco Central determinou mais um aumento na taxa, que passou de 10,75% para 11%.

Expectativas para 2015

As projeções para 2015 se mantiveram praticamente inalteradas. Os economistas continuam esperando um crescimento de 2% do PIB, e taxa de juros em 12%.

A previsão para a inflação subiu de 5,84% para 6%; e a projeção para a taxa de câmbio do dólar passou de R$ 2,55 para R$ 2,53.

Entenda o que é o boletim Focus

Toda segunda-feira, o Banco Central (BC) divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas dos economistas para os principais indicadores econômicos do país.

Mais de cem instituições são ouvidas e, excluindo os extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros. Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados (desprezando os menores e os maiores valores).

(Com Reuters)